NASA identifica estrela impostora na órbita de nebulosa distante em brilho vermelho intenso

São Paulo — InkDesign News — Uma imagem reveladora obtida pelo VLT Survey Telescope do Observatório Europeu do Sul, localizado no Chile, capturou um fenômeno cósmico surpreendente a cerca de 6.000 anos-luz de distância na constelação de Serpens. A fotografia destaca a nebula vermelha Sh2-46 — ou Gum 80 — iluminada intensamente por uma estrela azul-branca de brilho excepcional situada em seu coração.
Detalhes da missão
O VLT Survey Telescope (VST), integrante do Observatório Europeu do Sul (ESO), realizou a captura da imagem que mostra a interação entre a estrela HD 165319 e a nebulosa Sh2-46. A missão do VST inclui o monitoramento e mapeamento detalhado de objetos astronômicos em grandes campos celestes, utilizando uma carga útil avançada com sensores ópticos sensíveis para observações em múltiplos comprimentos de onda. Esta observação revelou a presença de uma onda de choque em forma de arco próximo à estrela, fenômeno raro que indica alta velocidade relativa entre o astro e o gás interestelar da nebulosa.
Tecnologia e objetivos
O VLT Survey Telescope utiliza tecnologias de última geração em sua óptica e detectores para captar imagens de alta resolução, especialmente em comprimentos de onda visíveis, que realçam detalhes como radiações intensas e interações interestelares. A detecção da onda de choque possibilita a análise do comportamento de estrelas “fugitivas” e sua influência gravitacional e radiativa no meio interestelar, contribuindo para o entendimento dos processos dinâmicos em aglomerados estelares jovens e sua dispersão. Astrônomos sugerem que HD 165319 pode ter se originado da vizinha Nebulosa Águia, área conhecida como “Pilares da Criação”.
“Esta estrela não deveria estar aqui.”
(“This star should not be here.”)— Observatório Europeu do Sul (ESO)
Próximos passos
As futuras investigações deverão focar no acompanhamento do movimento e impacto da estrela HD 165319 sobre a nebulosa Sh2-46, utilizando imagens sequenciais e modelagens computacionais para prever mudanças na morfologia e brilho da região. Colaborações internacionais são esperadas para ampliar observações em outras faixas espectrais, como infravermelho e rádio, visando um entendimento mais completo do fenômeno. A perspectiva inclui a análise do efeito de estrelas fugitivas sobre nubens moleculares e formação estelar em áreas próximas.
“Talvez esta nebulosa acabe parecendo diferente se a estrela acabar lhe deixando para trás.”
(“Perhaps this nebula will end up looking differently if the star ends up leaving it behind.”)— Observatório Europeu do Sul (ESO)
Este estudo detalhado de interações interestelares e do comportamento de estrelas isoladas contribui para ampliar o conhecimento sobre a dinâmica da galáxia e os processos envolvidos na dispersão estelar, trazendo maior precisão aos modelos astronômicos sobre a formação e evolução de estruturas cósmicas.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)