Surge debate sobre indicação do cirurgião geral de Trump na cultura geek

Washington, EUA — InkDesign News — Uma nomeação polêmica na área da saúde pública tecnológica vem abalando o cenário político e geek: o presidente Donald Trump retirou a indicação da Dra. Janette Nesheiwat para cirurgiã-geral, substituindo-a pela influenciadora wellness Dra. Casey Means, cuja trajetória e posicionamentos provocam intenso debate.
Contexto e lançamento
A indicação inicial da Dra. Janette Nesheiwat para cirurgiã-geral enfrentou resistência após questionamentos sobre suas credenciais, levando à retirada da sua nomeação. Trump rapidamente anunciou Casey Means, formada pela Escola de Medicina de Stanford e com residência incompleta na Oregon Health & Science University. Means é conhecida por sua postura contrária às vacinas e pela fundação da empresa Levels, que monitora níveis de glicose, além de defender a espiritualidade como componente essencial para saúde, alinhando-se ao movimento MAHA do aliado Robert F. Kennedy Jr.
Design e especificações
Means, sem licença médica ativa, combina tecnologia wearables com práticas de bem-estar espiritual. Sua empresa Levels oferece produtos inovadores para monitoramento metabólico, refletindo uma abordagem disruptiva na saúde pública digital. A candidatura se destaca não apenas pela falta de licença médica em vigor, mas pelo questionamento do método científico tradicional, evidenciado em sua crítica aos estudos controlados duplo-cegos.
“Quero saber qual dos gênios do presidente Trump escolheu uma mulher que literalmente conversa com árvores e médiuns espirituais e que nem sequer tem licença médica ativa para ser cirurgiã-geral dos EUA.”
(“I want to know which one of President Trump’s geniuses chose a woman who literally talks to trees and spiritual mediums and who doesn’t even have an active medical license to be the US Surgeon General.”)— Laura Loomer, influenciadora e ativista política
Repercussão e aplicações
A nomeação de Casey Means desencadeou críticas de figuras relevantes, entre elas Laura Loomer, que já tinha influência sobre decisões administrativas na gestão Trump. A reação negativa também veio de Nicole Shanahan, ex-companheira de chapa de Kennedy Jr., que manifesta dúvidas sobre a seleção da influenciadora e sugere manipulações internas nos bastidores políticos.
“Fui prometida que, se apoiasse RFK Jr. na sua confirmação no Senado, nenhum desses irmãos trabalharia no HHS ou em uma nomeação (e que pessoas muito mais qualificadas seriam nomeadas). Não sei se RFK mentiu claramente para mim, ou o que está acontecendo.”
— Nicole Shanahan, ex-candidata a vice-presidente dos EUA
Trump, ao justificar a nomeação, atribuiu a escolha a Robert F. Kennedy Jr., destacando as credenciais acadêmicas e o trabalho da indicada. No entanto, a falta de licença médica ativa e a associação de Means à margem científica tradicional provocam dúvidas quanto à eficácia e legitimidade da nomeação no contexto da saúde pública tecnologicamente orientada.
O episódio ilustra a crescente intersecção entre política, tecnologia de saúde e cultura geek, destacando nuances controversas e o impacto das redes sociais na formação de consensos e dissidências.
Espera-se que os próximos passos desta nomeação repercutam fortemente na regulação das interações entre inovação em saúde tecnológica e políticas públicas, com possíveis desdobramentos em futuras indicações ao cargo.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)