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Ciência & Exploração

Sondas passam pela cauda do cometa 3I/ATLAS em estudo

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Helsinque — InkDesign News — Dois veículos espaciais, Hera e Europa Clipper, poderão cruzar uma rara trilha de detritos originária do cometa interestelar 3I/ATLAS entre os dias 25 de outubro e 6 de novembro de 2024, segundo um novo estudo liderado por Samuel Grand, do Instituto Meteorológico Finlandês, e Geraint Jones, da Agência Espacial Europeia (ESA). A pesquisa, que utiliza modelagem avançada para prever a dispersão da cauda do cometa, indica uma oportunidade inédita para analisar diretamente partículas e íons vindos deste visitante interestelar enquanto atravessa o Sistema Solar.

O Contexto da Pesquisa

Após a descoberta do 3I/ATLAS em junho deste ano, astrônomos de todo o mundo concentraram esforços em compreender a composição e o comportamento de sua extensa cauda, que sofre influência direta do vento solar conforme o cometa se aproxima do Sol. Interesses distintos, desde sugestões de teorias conspiratórias até propostas de missões oportunistas utilizando sondas marcianas, ilustram o fascínio e os desafios técnicos para investigar objetos interestelares em trânsito pelo nosso entorno solar.

Resultados e Metodologia

O artigo submetido à publicação nos Research Notes of the American Astronomical Society destaca uma janela única: enquanto seguem rotas para destinos distintos — Hera para o asteroide binário Didymos-Dimorphos e Europa Clipper rumo a Europa, lua de Júpiter — ambas cruzarão a esteira de íons deixada por 3I/ATLAS. O modelo computacional “Tailcatcher” foi empregado para calcular as trajetórias prováveis desses íons, cujo caminho é influenciado por variações na velocidade do vento solar.

Apesar das sondas não terem sido originalmente projetadas para tal experimento e dos instrumentos limitados disponíveis — apenas a Europa Clipper possui equipamentos adequados, como um plasma detector e magnetômetro — os cientistas consideram a chance de “amostrar diretamente a cauda de um cometa interestelar”, ainda que as distâncias previstas de intersecção estejam na ordem de 8 milhões de quilômetros da linha central da trilha.

Ao utilizar o modelo ‘Tailcatcher’, foi possível estimar o ponto de maior proximidade das sondas com a trilha de íons.
(“Using the ‘Tailcatcher’ model, it was possible to estimate the point of closest approach of the spacecraft to the ion trail.”)

— Samuel Grand, Pesquisador, Instituto Meteorológico Finlandês

Outro desafio fundamental é a rápida organização do experimento devido ao curto prazo até a passagem das sondas, dificultando atualizações operacionais de última hora.

“Mesmo com as melhores estimativas, as sondas estarão a milhões de quilômetros do eixo central, mas ainda dentro do alcance para detectar partículas de cometas ativos como 3I/ATLAS.”
(“Even with the best estimates, the spacecraft would be millions of kilometers away from the central axis, but still within range to collect data on ions from very active comets like 3I/ATLAS.”)

— Geraint Jones, Pesquisador, ESA

Implicações e Próximos Passos

A iniciativa abre caminho para possíveis descobertas sobre a composição e dinâmica de cometas interestelares, fenômeno raríssimo e de grande valor científico para cosmologia e astrobiologia. Especialistas destacam que capturar dados de partículas e alterações no campo magnético do cometa pode elucidar diferenças fundamentais entre objetos de fora do Sistema Solar e aqueles de origem local. Contudo, limitações na precisão dos dados de vento solar em tempo real restringem o planejamento das operações e reduzem as chances de obtenção direta de medidas.

Pesquisadores sugerem que, caso as equipes de controle das missões consigam adaptar rapidamente seus protocolos, a operação poderá representar um passo sem precedentes para a ciência planetária, mesmo fora dos objetivos originais dessas sondas.

À medida que 3I/ATLAS se aproxima do periélio, o interesse da comunidade científica global cresce em torno do potencial destas observações, que podem redefinir o conhecimento sobre corpos celestes vindos de outros sistemas estelares e contribuir para futuras missões interestelares.

Fonte: (Live Science – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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