
São Paulo — InkDesign News — Pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan descobriram uma nova técnica que permite ‘desenhar’ cristais de haleto de chumbo perovskita em locais precisos com o uso de lasers, potencializando sua aplicação em dispositivos eletrônicos e sensores.
Detalhes da missão
A equipe, liderada por Elad Harel, utilizou um laser para aquecer uma nanopartícula de ouro, que por sua vez iniciou a formação de cristais em uma solução. Em experimentos laboratoriais, o laser de 660 nanômetros foi direcionado a uma nanopartícula de ouro dentro de uma câmara de reação, preenchida com uma solução precursora de haleto de chumbo perovskita, sobre um substrato de vidro borossilicato, onde os cristais seriam ‘desenhados’. No futuro, essa técnica poderá reduzir os custos e aumentar a precisão na fabricação de cristais para diversas tecnologias eletrônicas.
Tecnologia e objetivos
O fenômeno utilizado na pesquisa, conhecido como ‘aquecimento plasmonico’, proporciona controle sobre a formação dos cristais. Os nanopartículas de ouro atuam como pequenos aquecedores; a irradiação a uma frequência adequada provoca a oscilação dos elétrons, gerando calor, o que induz a cristalização da solução precursora nos locais desejados. “No dispositivo, é necessário colocar uma quantidade muito pequena de material cristalino em locais muito específicos”, afirmou Harel.
“O aquecimento plasmonico impulsiona a cristalização da solução precursora nos locais exatos que nossa equipe deseja.”
(“The plasmonic heating drives the crystallization of the precursor solution in the exact locations that Harel’s team want it to.”)— Elad Harel, Professor, Universidade Estadual de Michigan
Próximos passos
A próxima fase envolve o uso de múltiplos lasers, com diferentes comprimentos de onda, para tentar ‘desenhar’ padrões mais intrincados de cristais. Além disso, a equipe começará testes em dispositivos reais para validar se essa nova abordagem realmente proporciona desempenho superior a um custo reduzido. “Precisamos de mais trabalho para generalizar este conceito para outros materiais, mas acreditamos que funcionará”, completou Harel.
Esta inovação promete impactar a indústria eletrônica e a exploração espacial, potencializando instrumentações mais acessíveis e precisas, com implicações significativas para o desenvolvimento de tecnologias em várias frentes, incluindo a indústria de energia solar e sensores astronômicos.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)