
Brasília — InkDesign News — Mais de um ano após as enchentes devastadoras no Rio Grande do Sul, o estado intensifica esforços para reconstruir escolas e implementar um currículo que priorize a educação para a resiliência climática, criando um modelo educacional voltado para a sustentabilidade e inovação pedagógica.
Contexto educacional
Historicamente, o Rio Grande do Sul enfrenta desafios relacionados a desastres climáticos, com recentes enchentes afetando 478 das 497 cidades do estado, resultando em 184 mortes e cerca de 2,4 milhões de habitantes impactados. As dificuldades em manter a continuidade do aprendizado se intensificaram, levando a necessidade de um novo enfoque pedagógico que prepare não somente as instituições, mas todos os envolvidos na comunidade escolar.
Políticas e iniciativas
A secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, destaca que não é apenas uma questão de reconstruir, mas de desenvolver um plano de contingência abrangente. “A gente não sabe exatamente quando virá e o que importa é que as escolas estejam preparadas… o Rio Grande do Sul está aprendendo a conviver com as características climáticas da região”, comenta ela.
Com a colaboração do Banco Mundial, foram identificadas 730 escolas em risco, das quais 87 foram consideradas mais vulneráveis. Essas instituições já iniciaram a implementação de pilou de um plano de contingência adaptado a cada realidade local, visando garantir a segurança e a continuidade do aprendizado durante emergências.
Desafios e perspectivas
Entre os principais desafios estão a infraestrutura deteriorada e a desigualdade no acesso à educação de qualidade. Raquel Teixeira menciona: “Nós tivemos escolas de sete dias a 52 dias sem aula. E é claro que isso requer intervenção pedagógica diferenciada em cada um dos blocos de escolas.” Essa variação no tempo sem aulas exige soluções personalizadas para cada contexto, convidando a comunidade a participar da construção de um modelo educacional resiliente.
Um exemplo de projeto inovador é o Ginásio Resiliente, que serve como espaço esportivo e abrigo em situações de emergência, demonstrando a necessidade de integração entre educação e planejamento de emergência. Para o futuro, é essencial que as escolas desenvolvam planos adequados às suas localidades, garantindo que “o que leva as pessoas ao desespero é não saber o que fazer,” conforme salienta Raquel.
Os impactos esperados desse novo enfoque são significativos. A criação de um sistema educacional que incorpora a resiliência climática pode fortalecer as comunidades, proporcionando não apenas uma educação mais eficaz, mas também prepara-as para enfrentar crises futuras com mais segurança.
Fonte: (Agência Brasil – Educação)