
São Paulo — InkDesign News —
Recentemente, uma equipe de pesquisadores propôs uma nova abordagem para detectar ondas gravitacionais provenientes tanto do Big Bang quanto da fusão de buracos negros supermassivos. Essa investigação sinaliza um potencial avanço significativo na compreensão da evolução do universo.
Detalhes da missão
O projeto é conduzido pelo NANOGrav, o Observatório Norte-Americano de Nanohertz para Ondas Gravitacionais, em colaboração com experimentos semelhantes na Austrália, Europa e Índia. Os pesquisadores, em 2023, relataram resultados que apontam para a detecção de um fundo de ondas gravitacionais utilizando redes de pulsars, estrelas mortas que emitem radiação em forma de pulsos radiofônicos regulares. Ao analisar as variações temporais nos pulsos de múltiplos pulsars, é possível inferir a presença de ondas gravitacionais que atravessam o espaço entre eles.
Tecnologia e objetivos
Os pulsars, reconhecidos como alguns dos medidores de tempo mais precisos do universo, são utilizados para identificar desvios em seus pulsos causados pela passagem de ondas gravitacionais. O estudo, liderado pelos físicos Hideki Asada e Shun Yamamoto da Universidade de Hirosaki, sugere que ondas de buracos negros supermassivos em pares podem gerar um padrão de batida, semelhante à interferência sonora. Segundo Asada:
“Se dois tais sistemas tiverem frequências muito semelhantes, suas ondas podem interferir e criar um padrão de batida, como na acústica.”
(“If two such systems have very similar frequencies, their waves can interfere and create a beat pattern, like in acoustics.”)— Hideki Asada, Físico, Universidade de Hirosaki
Próximos passos
Se os resultados forem confirmados, o próximo objetivo será desvendar a contribuição das fontes de ondas gravitacionais, permitindo a identificação distinta de sistemas de buracos negros supermassivos. Isso não só ajudaria a entender melhor a formação e a distribuição desses sistemas no cosmos, mas também distinguiria ondas gravitacionais primordiais geradas durante a inflação inicial do universo.
“Distinguir as contribuições de buracos negros supermassivos ajudará a estimar quantos estão no universo.”
(“Distinguishing the contribution from supermassive black hole binaries will help estimate how many such systems are in the universe.”)— Hideki Asada, Físico, Universidade de Hirosaki
Esse avanço pode não apenas iluminar os mistérios da origem do universo, mas também aprimorar nossa compreensão sobre a física fundamental e a estrutura do espaço-tempo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)