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Ciência & Exploração

Pesquisa identifica tsunami de gelo devastador no Yukon em 2024

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Whitehorse, Yukon — InkDesign News — Um deslizamento ocorrido em dezembro de 2024 no território de Yukon, Canadá, provocou uma rara “tsunami de gelo” no rio Takhini, lançando blocos de gelo a mais de dois campos de futebol e devastando a vegetação das margens. Estudo recém-publicado investiga como o gelo do rio intensificou os danos, mas limitou sua extensão.

O Contexto da Pesquisa

A região de Yukon é conhecida por seus severos invernos e rios congelados, contexto em que deslizamentos geralmente permanecem sob monitoramento devido ao potencial destrutivo. A nova pesquisa nasceu da observação de um evento extraordinário: em 17 de dezembro de 2024, aproximadamente 118 mil metros cúbicos de terra e rocha desabaram abruptamente sobre o Takhini, então coberto por gelo espesso, fenômeno que ocorre sazonalmente na região.

Resultados e Metodologia

O geólogo Derek Cronmiller, do Yukon Geological Survey, liderou análises de campo no local do desastre, localizado 25 km a noroeste de Whitehorse. Vinte e quatro dias após o deslizamento, Cronmiller e sua equipe documentaram a área afetada, que somava 7,2 hectares, com detritos e gelo lançados a mais de 250 metros. Blocos de gelo de até 4 metros quadrados foram encontrados a duzentos metros de distância do ponto de impacto. Vegetação inteira foi arrancada das margens, restando apenas as quatro maiores árvores do lado oposto ao deslizamento.

Segundo Cronmiller, os blocos de gelo arrancados continham até 30 centímetros de areia aderida, evidenciando que a força da onda arrancou também o leito do rio. O evento não apresentou gatilhos tradicionais como degelo ou chuva intensa, caracterizando-se por uma “falha frágil” súbita na encosta inclinada.

“This effect is an important consideration for future landslide and tsunami hazard assessments in cold regions.”
(“Este efeito é uma consideração importante para futuras avaliações de risco de deslizamentos e tsunamis em regiões frias.”)

— Derek Cronmiller, Geólogo de Permafrost, Yukon Geological Survey

O estudo, publicado em 25 de setembro na revista Landslides, ainda constatou que, embora o gelo tenha potencializado a força destrutiva local do evento, restringiu a área atingida. Caso a onda ocorresse no verão, sem gelo, os danos teriam sido espalhados por uma área mais ampla.

Implicações e Próximos Passos

O incidente reduziu a largura do rio em 50% e deixou detritos que deverão permanecer por anos, alterando o fluxo e representando perigo a navegadores e praticantes de esportes aquáticos. O levantamento sugere que o Takhini levará mais de uma década para restaurar seu curso natural.

“Landslides are typically triggered by snowmelt, rainfall or human activity, but Cronmiller found no evidence of an external trigger for the Dec. 17 event. Instead, the slope underwent a ‘brittle failure,’ meaning it cracked without any signs of warping or deformation.”
(“Deslizamentos costumam ser desencadeados por derretimento de neve, chuva ou ação humana, mas Cronmiller não identificou sinais de gatilho externo no evento de 17 de dezembro. Em vez disso, a encosta sofreu uma ‘falha frágil’, rompendo-se sem sinais de flexão ou deformação.”)

— Derek Cronmiller, Geólogo de Permafrost, Yukon Geological Survey

Especialistas alertam para a necessidade de aprimorar estratégias de monitoramento e análise de riscos em regiões frias, onde o gelo pode atuar tanto como barreira quanto como intensificador do potencial destrutivo de desastres naturais.

A expectativa é que futuras pesquisas busquem identificar as condições prévias a falhas frágeis desse tipo e aprimorem modelos de simulação para prever o impacto de deslizamentos em contextos variados, contribuindo para a segurança de comunidades e ecossistemas vulneráveis no Ártico e em outras regiões de clima frio.

Fonte: (Live Science – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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