
São Paulo — InkDesign News — Estudo revela que mini tornados de poeira em Marte se movem a velocidades que superam expectativas anteriores, com pesquisadores rastreando 1.039 redemoinhos em duas décadas de imagens de sondas da Agência Espacial Europeia (ESA).
Detalhes da missão
Os dados foram coletados ao longo de 20 anos através das sondas Mars Express e ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO). O estudo, publicado em 8 de outubro no jornal Science Advances, analisa os redemoinhos observados, com velocidades que podem atingir até 158 km/h (98 mph), um número que supera medições anteriores feitas por rovers e modelos climáticos. Essa nova compreensão sobre os tornados de poeira poderá auxiliar no planejamento de futuras missões a Marte e na preparação para os desafios impostos pela poeira.
Tecnologia e objetivos
Para compilar o catálogo dos redemoinhos, a equipe utilizou inteligência artificial para avaliar as imagens das sondas, analisando como cada redemoinho mudava entre quadros consecutivos para calcular sua velocidade e direção. “Redemoinhos de poeira tornam o vento, normalmente invisível, visível”, afirmou Valentin Bickel, líder do estudo, complementando que, ao medir a velocidade e a direção de deslocamento desses fenômenos, começaram a mapear o vento por toda a superfície de Marte.
(“Dust devils make the normally invisible wind visible. By measuring their speed and direction of travel, we have started mapping the wind all over Mars’ surface.”)
Próximos passos
A equipe pretende direcionar mais imagens para as áreas e horários onde os redemoinhos costumam ocorrer, reforçando a importância do entendimento de como e quando a poeira é levantada da superfície marciana. Além disso, esses dados devem refinar modelos atmosféricos e melhorar previsões climáticas em Marte. “É difícil exagerar sua importância”, afirmou Colin Wilson, cientista do projeto pela ESA.
(“It’s difficult to overstate its importance.”)
A nova pesquisa não apenas aprofunda a compreensão das condições atmosféricas em Marte, mas também potencializa a eficácia de futuras missões espaciais, contribuindo significativamente para o avanço do conhecimento científico sobre o planeta vermelho.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)