
São Paulo — InkDesign News — Uma vulnerabilidade de 13 anos no serviço de armazenamento de dados open source Redis, rastreada como CVE-2025-49844 e conhecida como “RediShell”, permite que atacantes assumam o controle total do sistema, representando uma ameaça significativa para ambientes de nuvem.
Vetor de ataque
A falha é uma vulnerabilidade de execução remota de código (RCE), que explora um bug de corrupção de memória do tipo use-after-free (UAF). Um atacante pós-autenticação pode enviar um script malicioso em Lua, que é suportado por padrão no Redis. Ao escapar do sandbox Lua, o invasor consegue execução arbitrária de código no host Redis.
Impacto e resposta
Essa falha concede ao atacante acesso total ao sistema, permitindo acesso, exfiltração ou até a criptografia de dados sensíveis. “Essa vulnerabilidade é extremamente séria, pois concede um acesso total ao sistema host, permitindo que um atacante exfiltre, apague ou criptografe dados sensíveis”
(“This flaw allows a post auth attacker to send a specially crafted malicious Lua script (a feature supported by default in Redis) to escape from the Lua sandbox and achieve arbitrary native code execution on the Redis host.”) — Benny Isaacs, Pesquisador, Wiz.
Depois que a Wiz Research reportou a vulnerabilidade para o Redis em 16 de maio, um boletim de segurança foi publicado e uma versão corrigida foi lançada em 3 de outubro. Atualmente, mais de 300.000 instâncias do Redis estão expostas, com 60.000 delas sem autenticação, aumentando o risco de exploração.
Análise e recomendações
Para mitigar os impactos da vulnerabilidade, é crucial que as organizações atualizem suas instâncias de Redis imediatamente. Wiz recomenda a implementação de autenticação Redis com a diretiva “requirepass”, além do uso de firewalls e redes privadas virtuais (VPCs) para controle de acesso em torno das instâncias Redis. Também é essencial identificar configurações inadequadas ou versões desatualizadas por meio de descobertas contínuas de ativos.
Redis também deve adotar “padrões mais seguros e proteções de firewall para reduzir a exposição pública”, como sugerido por especialistas. As organizações devem restringir o acesso à rede apenas a usuários e sistemas autorizados e limitar as permissões do Redis a identidades estritamente necessárias.
Com a proliferação do uso do Redis em ambientes de nuvem, a vigilância contínua e a rápida mitigação de vulnerabilidades são essenciais para proteger infraestruturas críticas.
Fonte: (Dark Reading – Segurança Cibernética)