
São Paulo — InkDesign News — A China está desenvolvendo a capacidade de remover detritos espaciais de sua órbita, conforme anunciado por um alto funcionário da administração espacial do país durante o Congresso Internacional de Astronáutica em Sydney, Austrália, no dia 29 de setembro.
Detalhes da missão
Durante a sessão plenária “Heads of Agencies”, Bian Zhigang, vice-administrador da China National Space Administration (CNSA), abordou os desafios relacionados à sustentabilidade a longo prazo no espaço. Em resposta, afirmou que a China está ampliando suas capacidades de monitoramento e coordenação com outros países na detecção de objetos em órbita e na avaliação das chances de colisões.
Tecnologia e objetivos
“Agora a China está promovendo o planejamento de mitigação de detritos espaciais para promover o monitoramento e o alerta”, disse Bian.
Ainda, o mais importante é que estamos atualmente pesquisando a remoção ativa desses detritos espaciais em órbita.
(“And also, most importantly, is, we are currently researching on the active removal of this space debris on orbit.”)— Bian Zhigang, Vice Administrador, CNSA
A China não forneceu detalhes sobre as tecnologias ou cronologias específicas, mas a ação potencialmente será bem recebida, embora possa gerar preocupações sobre sua aplicação militar.
Próximos passos
A China mantém experimentos com os satélites Shijian-21 e Shijian-25, que estão realizando operações de rendezvous e proximidade no espaço. Apesar de não haver divulgações de informações sobre essas atividades, o impenetrável caráter das missões pode gerar desconfiança. Com a crescente quantidade de detritos em órbita, Bian reiterou que políticas e regulamentações exigem que os operadoras de satélites deorbitem seus veículos ou pelo menos reduzam suas órbitas ao final de suas vidas úteis, o que representa uma contribuição significativa para a sustentabilidade em LEO (baixa órbita terrestre).
Em suma, a iniciativa da China em remover detritos espaciais pode ter um impacto significativo na exploração espacial, abordando preocupações críticas sobre o congestionamento orbital e promovendo um futuro mais seguro para todas as operações em órbita.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)