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Ciência & Exploração

Análise revela falhas estruturais no Endurance, diz pesquisa

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Helsinque — InkDesign News — Uma nova análise conduzida pelo professor Jukka Tuhkuri, da Universidade Aalto, desafia a narrativa amplamente aceita sobre o naufrágio do navio Endurance na Antártica em 1915. O estudo detalhado, publicado recentemente, revela que a embarcação apresentava sérias deficiências estruturais, algo já percebido por seu proprietário, o explorador Ernest Shackleton.

O Contexto da Pesquisa

O Endurance partiu para a Antártica em 1914 como parte de uma ousada expedição britânica liderada por Shackleton, com o objetivo de cruzar o continente a pé. Contudo, a embarcação ficou presa por dez meses no mar de Weddell, até afundar em meio ao gelo. Durante décadas, acreditou-se que a força excepcional do gelo sobre o leme teria sido o fator determinante para o naufrágio. No entanto, a pesquisa de Tuhkuri sugere um cenário mais complexo, inserindo o Endurance em um contexto de comparação com outros navios polares da época e levantando dúvidas sobre suas reais condições de construção.

Resultados e Metodologia

Após integrar a expedição Endurance22, responsável pela localização dos destroços do Endurance em março de 2022, Jukka Tuhkuri procedeu à análise estrutural da embarcação e examinou registros de diário de bordo e correspondências de Shackleton.

“Endurance claramente tinha várias deficiências estruturais se comparado a outros navios antárticos do início do século XX”
(“Endurance clearly had several structural deficiencies compared with other early Antarctic ships”)

— Jukka Tuhkuri, Professor de Mecânica dos Sólidos, Universidade Aalto

Entre as fragilidades destacadas, estavam a ausência de vigas diagonais no casco — recurso presente em outros navios polares — e uma sala de máquinas grande demais, difícil de reforçar, que enfraquecia parte importante da estrutura. Os diários dos tripulantes e cartas pessoais de Shackleton indicam que o dano não ficou restrito ao leme, acometendo também o costado, quilha e vigas. A análise sugere que o projeto do Endurance não contemplava adequadamente as condições de gelo compressivo para as quais já se disponham soluções técnicas na época.

“Mesmo uma análise estrutural simples mostra que o navio não foi projetado para as condições de gelo pack compressivo que acabaram por afundá-lo”
(“Even simple structural analysis shows that the ship was not designed for the compressive pack ice conditions that eventually sank it”)

— Jukka Tuhkuri, Professor, Universidade Aalto

Segundo relatos históricos, Shackleton tinha pleno conhecimento das limitações do Endurance. Uma carta a sua esposa em 1914 revela sua frustração com a menor robustez do navio, e, em anos anteriores, ele próprio já recomendara o reforço com vigas diagonais a outras embarcações polares.

Implicações e Próximos Passos

Os achados lançam luz sobre decisões e limitações enfrentadas por Shackleton, abrindo questionamentos sobre a influência de fatores financeiros ou prazos apertados sobre o preparo inadequado do Endurance. O estudo desafia o romantismo de que o Endurance era “o mais forte navio polar de sua era”, e oferece novas perspectivas sobre engenharia naval polar histórica. Embora o motivo exato para a escolha da embarcação permaneça incerto, os dados agora disponíveis abrem espaço para futuras análises sobre práticas de construção e decisão em expedições polares.

Para a comunidade científica e histórica, as descobertas reforçam a importância da análise estrutural retrospectiva de embarcações históricas e podem influenciar futuras pesquisas sobre a adaptação de estruturas a ambientes extremos, fortalecendo conexões entre arqueologia subaquática, engenharia e história marítima.
Saiba mais em ciência.

O mistério em torno das decisões de Shackleton persiste, e o campo permanece atento a futuras investigações e caminhos para compreensão mais ampla dos desafios enfrentados por expedições em condições extremas.

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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