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Justiça

STF analisa impacto da contratação como PJ na justiça social

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Brasília — InkDesign News — O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, alertou em audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os riscos da “pejotização” na contratação de trabalhadores, afirmando que essa prática fere o pacto social estabelecido pela Constituição de 1988.

Contexto jurídico

A discussão sobre a legalidade da contratação de trabalhadores via Pessoas Jurídicas (PJs) ocorre em meio a um processo no STF, que foi convocado pelo ministro Gilmar Mendes. A audiência pública faz parte da ação que suspendeu todos os processos referentes a supostas fraudes contratuais envolvendo PJs. Jorge Messias enfatizou que a pejotização, que substitui contratos de trabalho regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), fragiliza as estruturas de proteção social, essencial para a dignidade do trabalhador.

Argumentos e precedentes

Messias argumentou que a pejotização não representa um verdadeiro espírito de empreendedorismo, mas sim uma precarização do trabalho. Ele afirmou:

A pejotização não é o empreendedorismo autêntico, nascido da autonomia e da livre iniciativa. Não é a liberdade de contratar entre iguais. Não é a modernização produtiva que gera eficiência e inovação.
(“Pejotização não é o autêntico empreendedorismo, surgido da autonomia e livre iniciativa. Não representa liberdade de contratar entre iguais, tampouco é uma modernização produtiva que favorece eficiência e inovação.”)

— Jorge Messias, Ministro da Advocacia-Geral da União

Além disso, o vice-subprocurador-Geral da República, Luiz Augusto Santos Lima, destacou casos de profissionais, como jovens médicos, que se veem forçados a se tornar PJs, enfrentando turnos de trabalho excessivos e instabilidade financeira.

Impactos e desdobramentos

Messias alertou que essa prática leva à informalidade disfarçada e afeta a uma parcela significativa de trabalhadores, que frequentemente não optaram por essa condição, mas foram empurrados para ela. O ministro mencionou que 56% dos trabalhadores que se “pejotizaram” estavam na faixa salarial de até R$ 2 mil, sugerindo que a realidade enfrentada por muitos é uma imposição do mercado. “Isso evidencia que já não estamos falando de uma opção de elites profissionais, mas de uma imposição silenciosa sobre a base da pirâmide social”, comentou.

A questão da pejotização, portanto, levantou um debate crucial sobre a relação entre proteção social e liberdade econômica, de acordo com os princípios constitucionais. A regulamentação desta prática poderá ter impactos significativos na forma como as relações de trabalho são estruturadas no Brasil, especialmente em tempos de mudanças no mercado.

Como próximas ações, a comunidade jurídica e os agentes políticos deverão considerar formas de conciliar a promoção do empreendedorismo com a dignidade do trabalho, talvez reforçando regulamentações na Justiça do Trabalho e criando fórmulas para garantir a proteção dos trabalhadores.

Fonte: (Agência Brasil – Justiça)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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