
Brasília — InkDesign News — O Instituto Nacional de Câncer (Inca) revelou na última sexta-feira (3) a publicação Controle de câncer de mama no Brasil: dados e números 2025, abordando a incidência e mortalidade do câncer de mama no Brasil, com foco em fatores de risco, prevenção e acesso a tratamentos.
Contexto e objetivos
O câncer de mama representa a principal causa de mortalidade entre mulheres no Brasil, com cerca de 73.610 novos casos estimados para o ano de 2025. A prevalência da doença destaca a necessidade urgente de estratégias de rastreamento e diagnóstico precoce, visando a saúde da população de mulheres, especialmente aquelas entre 50 e 69 anos, que apresentam maior risco.
Metodologia e resultados
A análise do Inca reporta uma redução nas taxas de mortalidade entre mulheres de 40 a 49 anos entre 2020 e 2023, enquanto o aumento da mortalidade foi observado entre mulheres com 80 anos ou mais. Segundo o Inca, “a mortalidade em mulheres de 80 anos ou mais tem aumentado e tem reduzido essa mortalidade em idades mais jovens. O maior percentual de mortes está na população entre 50 e 69 anos”
(“Mortality among women aged 80 and over has increased while mortality among younger ages has decreased. The highest percentage of deaths is in the population aged between 50 and 69 years.”)— Renata Maciel, Chefe da Divisão de Detecção Precoce e Organização de Rede do Inca. A distribuição geográfica da incidência revela que o Sudeste lidera as estatísticas, com Santa Catarina apresentando a maior taxa entre as unidades da federação.
Implicações para a saúde pública
O relatório ressalta a necessidade de melhorar a cobertura das mamografias, que atualmente varia consideravelmente entre estados, com taxas alarmantemente baixas. A chefe do Inca enfatiza a importância de aumentar essa cobertura para 70%, sendo que “atualmente a gente tem uma variação em alguns estados do Norte em torno de 5,3% e no Espírito Santo, de 33%. É muito baixo”
(“Currently, we have a variation in some Northern states around 5.3% and in Espírito Santo, 33%. It is very low.”)— Renata Maciel, Chefe da Divisão de Detecção Precoce e Organização de Rede do Inca. O Ministério da Saúde, por sua vez, implementou o programa “Agora Tem Especialista”, com o objetivo de reduzir o tempo de espera no tratamento, considerando que “o tempo é vida no câncer”. Este esforço inclui a incorporação de novos medicamentos no tratamento da doença.
A expectativa é que políticas públicas direcionadas e uma melhoria na cobertura de rastreamento possam resultar em taxas de detecção precoce mais altas e, consequentemente, em uma redução significativa das taxas de mortalidade.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)