
São Paulo — InkDesign News — A Meta, gigante tecnológica, anunciará no próximo dia 7 de outubro uma atualização que utilizará interações de usuários com chatbots de inteligência artificial para personalizar ainda mais os anúncios e posts nas redes sociais.
Contexto e lançamento
A nova iniciativa da Meta se alinha a uma tendência crescente na indústria de tecnologia, onde as empresas buscam novas maneiras de engajar usuários e monetizar suas plataformas. Ao integrar a inteligência artificial em seu sistema de anúncios, a Meta pretende aprimorar a experiência do usuário, tornando os anúncios mais relevantes.
Design e especificações
A partir de 16 de dezembro deste ano, as conversas com o AI da Meta em serviços como WhatsApp serão analisadas para ajustar o conteúdo e os anúncios que aparecem em plataformas como Facebook e Instagram. Segundo a empresa, “nós iremos em breve usar suas interações com AI na Meta para personalizar o conteúdo e anúncios que você vê, incluindo coisas como posts e reels” (“We will soon use your interactions with AI at Meta to personalize the content and ads you see, including things like posts and reels.”) Essa mudança não permitirá que os usuários optem por não participar dessa coleta de dados.
Repercussão e aplicações
A reação a essa nova política já gerou debates acalorados sobre privacidade e utilização de dados. O senador Josh Hawley, do Missouri, destacou preocupações em relação à histórico da Meta com IA, apontando para sua recente investigação sobre interações inadequadas de chatbots com crianças. As práticas de personalização de anúncios da empresa têm enfrentado resistência, especialmente na União Europeia, onde a legislação rigorosa protege a privacidade dos usuários.
A nova política não se aplicará inicialmente na União Europeia, Reino Unido e Coreia do Sul, países com leis de privacidade de dados restritivas.
(“The new update won’t initially be available in the European Union…”)— Gizmodo
Além disso, enquanto a Meta avança nesta diretriz, a concorrência com empresas como Google, que também utiliza IA para aumentar a receita publicitária, permanece acirrada, mas ainda não inclui o uso de interações de chat como a Meta propõe.
Com investimentos multimilionários em IA, é evidente que a Meta está apostando pesado na automação de seu modelo de negócios. Quando questionado sobre o futuro das receitas advindas da IA, Mark Zuckerberg apontou um aumento significativo, prometendo um crescimento contínuo.
Esta estratégia poderá redefinir a forma como os usuários interagem com as plataformas da Meta, ao mesmo tempo em que levantará questões sobre os limites éticos no uso de inteligência artificial em publicidade.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)