Havai — InkDesign News — Um novo algoritmo desenvolvido por matemáticos da Johns Hopkins foi testado com sucesso no Telescópio Subaru, localizado na Mauna Kea, Havai, permitindo a produção de imagens astronômicas significativamente mais nítidas ao remover o efeito de desfoque causado pela atmosfera.
Detalhes da missão
O Telescópio Subaru, com um espelho de oito metros de diâmetro, tem participado de um projeto que visa melhorar a qualidade das imagens obtidas a partir da observação terrestre. O algoritmo, denominado ImageMM, foi testado com sucesso e se prepara para ser aplicado nos dados que virão do Vera C. Rubin Observatory, no Chile. Este novo observatório é projetado para iniciar suas operações científicas ainda este ano, com o objetivo primordial de mapear a distribuição da matéria escura no cosmos.
Tecnologia e objetivos
O ImageMM utiliza uma técnica matemática chamada Majorization-Minimization (MM), adaptada para superar as complicações criadas pelas flutuações atmosféricas. De acordo com Yashil Sukurdeep, um dos desenvolvedores:
Aqui, o processo é como olhar através de uma cortina inquieta que constantemente distorce a imagem atrás dela.
(“Think of the atmosphere as a restless sheer curtain, constantly shifting and shimmering, so the scene behind it always looks blurred.”)— Yashil Sukurdeep, Matemático, Johns Hopkins University
O algoritmo aprende a modelar a forma como a luz atravessa a atmosfera para recuperar imagens quase perfeitas a partir de observações imperfeitas.
Próximos passos
Os testes iniciais no Telescópio Subaru resultaram em imagens mais nítidas e detalhadas do que anteriormente possível. O próximo passo é aplicar o ImageMM nos dados da Vera C. Rubin Observatory, cujo objetivo inclui a observação de como a massa da matéria escura distorce o espaço, um fenômeno conhecido como lente gravitacional. O professor Tamás Budavári enfatizou a relevância dessa técnica:
Qualquer melhoria na profundidade e qualidade das observações feitas por observatórios terrestres pode ter um impacto enorme.
(“When it comes to billion-dollar ground-based observatories, gaining even just a small degree of depth and quality improvement from these observations can be huge.”)— Tamás Budavári, Professor, Johns Hopkins University
A adoção do ImageMM poderá oferecer uma vantagem significativa em relação aos telescópios espaciais como Hubble e James Webb, que, embora produzam imagens de qualidade superior, têm um campo de visão mais estreito. Os futuros avanços possibilitados por esta tecnologia estão configurados para expandir nosso entendimento do universo de maneira sem precedentes.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)
