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Ciência & Exploração

Estudo liga autismo à evolução da inteligência humana

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Oxford — InkDesign News — Um estudo inovador publicado recentemente na revista Molecular Biology and Evolution, pela Oxford University Press, lança novas luzes sobre as origens evolutivas do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em humanos. A pesquisa, conduzida por cientistas de Oxford, correlaciona o alto índice de autismo com processos evolutivos que teriam conferido uma vantagem evolutiva única à nossa espécie.

O Contexto da Pesquisa

O autismo afeta cerca de 3,2% das crianças nos Estados Unidos, enquanto a Organização Mundial da Saúde indica uma prevalência global de aproximadamente 1%. Ainda que temas como autismo e esquizofrenia sejam extremamente raros em primatas não-humanos, esses transtornos costumam envolver características cognitivas — como fala e compreensão de linguagem — que, em grande parte, são exclusivas dos humanos. Com o avanço de técnicas como o sequenciamento de RNA de célula única, novas perspectivas surgiram para desvendar a diversidade e evolução dos tipos celulares no cérebro mamífero. Descobertas anteriores já apontavam para mudanças genéticas significativas no cérebro do Homo sapiens, mas ainda faltavam explicações claras para as taxas aceleradas de evolução em certos tipos celulares.

Resultados e Metodologia

No novo estudo, os pesquisadores analisaram dados recentes de sequenciamento de núcleo único de RNA em três regiões distintas do cérebro de mamíferos. Eles identificaram que os neurônios L2/3 IT, camada externa cerebral, evoluíram de forma especialmente rápida na linhagem humana — fenômeno não observado em outros primatas. Notavelmente, essa evolução acelerada esteve acompanhada de amplas mudanças em genes associados ao autismo, provavelmente impulsionadas por seleção natural exclusiva dos humanos. Contudo, os motivos pelos quais essas alterações genéticas teriam trazido benefícios de adaptação permanecem obscuros. Uma hipótese levantada sugere que muitos desses genes favorecem o desenvolvimento cerebral pós-natal mais lento nos humanos, o que poderia explicar tanto a complexidade cognitiva quanto o surgimento de traços ligados ao autismo. A relação com a fala e compreensão, também impactadas por autismo e esquizofrenia, reforça esse ponto.

“Our results suggest that some of the same genetic changes that make the human brain unique also made humans more neurodiverse.”

(“Nossos resultados sugerem que algumas das mesmas mudanças genéticas que tornam o cérebro humano único também tornaram os humanos mais neurodiversos.”)

— Alexander L. Starr, autor principal

Implicações e Próximos Passos

Os achados sugerem que a evolução acelerada de genes ligados ao autismo pode ter conferido vantagens seletivas à linhagem humana, talvez ao promover o alongamento do desenvolvimento cerebral ou intensificar a capacidade de linguagem. Ainda assim, o impacto direto disso sobre o autismo permanece em aberto. Especialistas destacam a importância de futuras investigações para mapear precisamente quais traços neurais e cognitivos deram vantagem aos ancestrais humanos.

“Answering this is difficult because we do not know what human-specific features of cognition, brain anatomy, and neuronal wiring gave human ancestors a fitness advantage, but the investigators here speculate that many of these genes are associated with developmental delay, so their evolution could have contributed to the slower postnatal brain development in humans compared to chimpanzees.”

(“Responder a isso é difícil porque não sabemos quais características específicas dos humanos em cognição, anatomia cerebral e fiação neuronal deram vantagem aos ancestrais humanos, mas os investigadores aqui especulam que muitos desses genes estão associados ao atraso do desenvolvimento, então sua evolução poderia ter contribuído para o desenvolvimento cerebral pós-natal mais lento em humanos comparado aos chimpanzés.”)

— Equipe de pesquisadores, Universidade de Oxford

O estudo reforça a necessidade de aprofundamento interdisciplinar entre genética evolutiva, neurociências e psiquiatria, visando desvendar por completo a relação entre evolução e diversidade neurocognitiva humana. Futuras pesquisas podem contribuir para recalibrar diagnósticos, terapias e políticas públicas relacionadas ao TEA e demais transtornos do desenvolvimento.

Fonte: (ScienceDaily – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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