
Brasília — InkDesign News — O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou sua intenção de participar do ato a favor da anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro, previsto para a quarta-feira, 7 de fevereiro, em Brasília. A manifestação, organizada pelo pastor Silas Malafaia, tem destacada presença da família Bolsonaro, com a participação confirmada de Michelle Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro.
Contexto político
A manifestação ocorre em um momento delicado, após o ex-presidente deixar o hospital no último domingo (4) e apesar da orientação médica para que evite aglomerações. O ato é uma resposta à legalidade e à situação judicial dos envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro, que marcaram a crise institucional no Brasil. Organizado por lideranças ligadas ao PL, o movimento destaca a pauta da anistia humanitária, uma bandeira que busca além do indulto, a reabilitação política dos acusados.
Reações e debates
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Bolsonaro declarou: “Eu pretendo estar lá também e participar no início dessa caminhada e estou com muita saudade de vê-los nesse momento. Até lá, se Deus quiser”. A recomendação médica contrária foi justificada pelo cardiologista da equipe, Leandro Echenique:
A recomendação de evitar aglomeração até pelo risco de infecções, ficar mais resguardado, né? Como vocês acompanharam pelos boletins, as intercorrências que ocorreram, todas foram solucionadas. A parte da pressão arterial foi muito bem controlada, a inflamação do fígado que ocorreu também foi totalmente controlada.
— Leandro Echenique, Cardiologista da equipe médica de Jair Bolsonaro
Além da presença dos Bolsonaro, o evento terá segurança reforçada no Distrito Federal, com acompanhamento da Polícia Militar, barreiras para proteger o patrimônio público e policiamento próximo ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF). A cavalaria da Polícia Militar e o Batalhão de Choques estarão preparados para intervenções, caso necessárias.
Desdobramentos e desafios
A manifestação é simbolicamente marcada para começar no Eixo Monumental, com concentração na Fundação Nacional de Artes (Funarte), seguindo para a Avenida José Sarney, na Esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional. A decisão de impedir a aproximação até o Legislativo revela um esforço governamental para garantir o controle da ordem pública durante a passeata. O ato coloca em evidência a complexidade do debate sobre anistia para casos que envolvem crises políticas e o equilíbrio entre mobilização popular e instituições democráticas.
“A caminhada é pacífica pela anistia humanitária”.
— Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
O evento também levanta questionamentos sobre os reflexos da mobilização na estabilidade política e judicial do país, com debates que prometem uma agenda de disputas no Congresso e manifestações públicas. A situação clínica de Bolsonaro e sua possível participação ampliam a atenção da opinião pública e dos órgãos de segurança para os riscos sanitários e políticos envolvidos.
O futuro dessa agenda estará atrelado à capacidade de negociação partidária no Congresso e a respostas judiciais sobre o tema, configurando um cenário de múltiplos desafios institucionais para as próximas semanas.
Fonte: (CNN Brasil – Política)