
Brasília — InkDesign News — O Ministério da Saúde do Brasil emitiu uma nota oficial, em 23 de setembro de 2025, rebatendo correlações infundadas entre o uso de paracetamol por gestantes e o desenvolvimento do autismo, após declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que não apresentaram evidências científicas.
Contexto e objetivos
A desinformação sobre o paracetamol, medicamento amplamente utilizado devido a suas propriedades analgésicas e antipiréticas, surgiu em meio a declarações públicas que vinculavam seu uso a um aumento no risco de autismo. O Ministério da Saúde destaca a necessidade de combater esse tipo de informação para proteger a saúde pública, especialmente das mães e crianças. O público-alvo inclui mulheres grávidas e suas famílias, além de profissionais da saúde que atuam na orientação e tratamento de gestantes.
Metodologia e resultados
A nota do Ministério, fundamentada em extensa revisão da literatura científica, afirma que “o transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social” ( “The autism spectrum disorder (ASD) is a neurodevelopmental disorder characterized by atypical development, behavioral manifestations, deficits in communication and social interaction” ). A análise inclui dados de estudos epidemiológicos que demonstram a segurança do paracetamol durante a gestação.
A saúde não pode ser alvo de atos irresponsáveis. A atuação de lideranças políticas na criação de informações deturpadas pode gerar consequências desastrosas para a saúde pública.
(“Health cannot be the target of irresponsible acts. The actions of political leaders in creating distorted information can lead to disastrous consequences for public health.”)— Ministério da Saúde
Implicações para a saúde pública
A disseminação de informações incorretas resulta em pânico e reticências entre gestantes em relação ao uso de medicamentos essenciais para o controle de febre e dor. Isso pode ocasionar a recusa de tratamentos adequados, impactando negativamente a saúde materno-infantil. A nota ressalta a importância de reverter os efeitos do negacionismo, que também influenciaram a adesão à vacinação no Brasil.
O anúncio de que autismo é causado pelo uso de paracetamol na gestação pode causar pânico e prejuízo para a saúde de mães e filhos.
(“The announcement that autism is caused by the use of paracetamol during pregnancy can cause panic and harm to the health of mothers and children.”)— Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde, por meio de campanhas informativas, busca promover evidências científicas que respaldem a segurança do paracetamol e sua utilidade na prática clínica.
As recomendações enfatizam a importância de um diálogo baseado em evidências entre profissionais de saúde e gestantes, promovendo a saúde pública e evitando o impacto negativo de desinformações sobre tratamentos necessários.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)