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Ciência & Exploração

Pesquisa identifica aglomerados celulares antes do câncer

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Londres — InkDesign News — Pesquisadores apoiados pela Cancer Research UK identificaram, em estudo publicado em 15 de agosto na revista Developmental Cell, alterações semelhantes às observadas em demência em células pancreáticas precursoras de câncer. A descoberta, realizada no Centro de Pesquisa em Câncer da Escócia, Universidade de Edimburgo, pode remodelar abordagens de tratamento e prevenção do câncer de pâncreas, uma das doenças mais letais do Reino Unido.

O Contexto da Pesquisa

O câncer de pâncreas figura entre os mais letais, em parte devido ao diagnóstico tardio e à limitação dos tratamentos disponíveis. Apenas no Reino Unido, estima-se que 6.900 pessoas morrem anualmente em decorrência da doença. Embora mutações genéticas, especialmente no gene KRAS, estejam associadas ao desenvolvimento de diversos tumores pancreáticos, pesquisadores têm buscado compreender outros fatores biológicos implicados. Recentemente, o papel da autofagia — o processo celular de reciclagem de componentes — passou a ser investigado no contexto da transformação celular maligna em tecidos pancreáticos.

Resultados e Metodologia

O estudo, conduzido em modelos murinos, acompanhou células pancreáticas ao longo do tempo para identificar condições responsáveis pela transição das células normais para células cancerosas. Observou-se que células pré-cancerosas apresentam falhas na autofagia, levando à formação de agregados de proteínas — fenômeno comumente associado a doenças neurodegenerativas, como a demência. Similaridades foram confirmadas em amostras humanas de pâncreas. Tais achados sugerem uma convergência de mecanismos entre doenças neurodegenerativas e câncer de pâncreas, conforme explica Simon Wilkinson, pesquisador sênior da Cancer Research UK:

“Nossa pesquisa mostra o potencial papel da disrupção da autofagia no início do câncer de pâncreas. Embora em estágio inicial, podemos aprender com pesquisas sobre outras doenças em que há acúmulo de proteínas, como a demência, para compreender melhor este câncer agressivo e como preveni-lo.”
(“Our research shows the potential role autophagy disruption plays in the beginnings of pancreatic cancer. While early stage, we can potentially learn from research into other diseases where we see protein clumping, such as dementia, to better understand this aggressive type of cancer and how to prevent it.”)

— Simon Wilkinson, Professor, Institute of Genetics and Cancer, University of Edinburgh

A investigação reforça a hipótese de que a combinação entre deficiência no gene KRAS e disfunção da autofagia influenciam decisivamente na origem do câncer pancreático.

Implicações e Próximos Passos

Os resultados desafiam o modelo tradicional, que atribui o surgimento do câncer de pâncreas majoritariamente a alterações genéticas, ao evidenciar a importância de falhas na reciclagem intracelular. Testes adicionais buscarão determinar se fatores como idade, sexo ou dieta potencializam esse processo. Segundo Iain Foulkes, diretor executivo de Pesquisa e Inovação da Cancer Research UK:

“Cerca de 10.500 pessoas são diagnosticadas com câncer de pâncreas no Reino Unido a cada ano e, infelizmente, muitos casos são descobertos quando as opções de tratamento são limitadas. Embora mais investigações sejam necessárias, essas descobertas podem oferecer pistas essenciais para compreendermos melhor o desenvolvimento desse câncer.”
(“Around 10,500 people are diagnosed with pancreatic cancer in the UK each year and, sadly, too many of those cases are found at a stage where treatment options are limited. While further work is needed, these findings could provide vital clues into how we can better understand how pancreatic cancer develops.”)

— Iain Foulkes, Diretor Executivo de Pesquisa e Inovação, Cancer Research UK

Pesquisas futuras pretendem explorar se é possível prever, retardar ou mesmo reverter a transformação cancerígena, além de aprimorar estratégias de prevenção. Investigações sobre a autofagia permanecem centrais para a compreensão de diversas patologias, incluindo tumores e distúrbios neurológicos.

Com os avanços recentes, especialistas vislumbram novas linhas de investigação capazes de aprimorar métodos diagnósticos e terapias, sobretudo para tumores de difícil manejo clínico, como o câncer de pâncreas. Acompanhe desenvolvimentos em pesquisas biomédicas em /tag/ciencia/.

Fonte: (ScienceDaily – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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