
Contexto da descoberta
Os pesquisadores, liderados por Dr. Anthony Taylor, da Universidade do Texas em Austin, afirmaram que “quando olhamos para buracos negros, este é praticamente o quão longe podemos ir” (
“Quando olhamos para buracos negros, este é praticamente o quão longe podemos ir”
(“When looking for black holes, this is about as far back as you can practically go.”)— Dr. Anthony Taylor, Pesquisador Pós-Doutoral, Universidade do Texas em Austin
). O CAPERS-LRD-z9 representa uma nova classe de galáxias, que não se assemelham a nada observado pelo Telescópio Espacial Hubble.
Métodos e resultados
Para realizar essa descoberta, a equipe analisou dados do Telescópio Espacial James Webb, especificamente como parte do programa CAPERS (CANDELS-Area Prism Epoch of Reionization Survey). O CAPERS-LRD-z9 foi inicialmente identificado como um pequeno ponto interessante nas imagens do programa, mas se revelou sendo parte deste novo tipo de galáxia. Os cientistas estimam que o buraco negro central tenha uma massa de até 300 milhões de massas solares, o que representa metade da massa total das estrelas na galáxia.
No entanto, a surpreendente luminosidade observada nos little red dots não poderia ser explicada pelo número de estrelas esperadas em tal época do universo. O Dr. Steven Finkelstein, também da Universidade do Texas, comentou que “enquanto os astrônomos encontraram alguns candidatos mais distantes, ainda não conseguiram encontrar a assinatura espectroscópica distinta associada a um buraco negro” (
“enquanto os astrônomos encontraram alguns candidatos mais distantes, ainda não conseguiram encontrar a assinatura espectroscópica distinta associada a um buraco negro”
(“While astronomers have found a few, more distant candidates, they have yet to find the distinct spectroscopic signature associated with a black hole.”)— Dr. Steven Finkelstein, Universidade do Texas em Austin
).
Implicações e próximos passos
A descoberta do CAPERS-LRD-z9 sugere que buracos negros supermassivos podem ter se formado mais rapidamente e em tamanhos maiores do que os modelos atuais preveem. Isso desafia a compreensão do desenvolvimento desses objetos no universo primitivo. Estudos futuros poderão focar em entender como esses buracos negros cresceram dentro dos primeiros bilhões de anos após o Big Bang, influenciando nossa perspectiva sobre a formação das galáxias.
Essa pesquisa abre novas fronteiras na astronomia e nos convida a revisitar teorias existentes sobre a evolução cósmica. O impacto da descoberta sugere uma reformulação nas ráfagas iniciais de formação estelar e da dinâmica galáctica ao redor de buracos negros primordiais.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)