
São Paulo — InkDesign News —
Pesquisas em machine learning e inteligência artificial (AI) têm destacado a crescente influência dessas tecnologias na vida cotidiana, assim como os desafios éticos e sociais envolvidos no seu uso, especialmente quanto ao direito das pessoas de optarem por não serem influenciadas por sistemas automatizados.
Contexto da pesquisa
Os sistemas de AI já estão integrados em setores essenciais como saúde, transporte e finanças, ao mesmo tempo em que influenciam decisões sobre contratações, empréstimos e até mesmo o conteúdo que consumimos nas mídias sociais. Apesar dos avanços em frameworks de governança focados em uso responsável, transparência e justiça, a possibilidade de uma pessoa excluir-se da influência da AI continua limitada. O problema não é apenas técnico, mas também envolve questões de autonomia pessoal e justiça social.
Método proposto
O debate científico enfatiza a necessidade de políticas públicas e práticas empresariais que garantam o direito de viver sem dependência da AI, sem prejuízo social ou exclusão de serviços essenciais. Modelos baseados em redes neurais convolucionais (CNNs), redes neurais recorrentes (RNNs) ou grandes modelos de linguagem (LLMs) vêm sendo amplamente aplicados em análise preditiva e tomada de decisão automatizada. No entanto, a pesquisa destaca que a opacidade desses modelos dificulta o controle e a contestação das decisões geradas.
Resultados e impacto
A acurácia dos sistemas de AI tem avançado significativamente, mas estudos indicam vieses que favorecem determinados grupos demográficos, afetando negativamente populações marginalizadas. Por exemplo, sistemas automatizados de triagem de currículos e score de crédito podem reforçar desigualdades sociais. Evidências mostram que apenas 12% da população acima de 15 anos em países como a Índia possui alfabetização digital adequada, o que agrava a exclusão desses cidadãos diante da expansão da AI.
“Devemos garantir que qualquer avanço em AI respeite o direito fundamental das pessoas de optarem por não utilizar esses sistemas, sem serem penalizadas.”
(“We must ensure that any advances in AI respect the fundamental right of individuals to opt out of these systems without penalty.”)— Especialista em Ética da AI
Esses achados indicam que a transparência dos modelos e a literacia digital são essenciais para que cidadãos possam compreender, questionar e controlar os impactos da AI em suas vidas.
Próximos passos nas pesquisas envolvem o desenvolvimento de modelos interpretáveis e políticas que equilibrem automatização e liberdade individual. A implementação de estruturas para assegurar o direito de exclusão pode prevenir a marginalização social decorrente da dependência digital.
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Fonte: (TechXplore – Machine Learning & AI)