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Ciência & Exploração

Estudo revela novos segredos do núcleo interno da Terra

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Cambridge — InkDesign News — Um estudo recente conduzido por pesquisadores do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge lança nova luz sobre a complexa composição e origem do núcleo interno da Terra. Explorado por meio de simulações físico-químicas, o trabalho revela dados inéditos sobre a composição, temperatura e processo de solidificação do interior do planeta.

O Contexto da Pesquisa

Tradicionalmente, a comunidade científica recorre a meteoritos e à sismologia para inferir a composição do núcleo terrestre, considerado crucial para a evolução do planeta — desde a geração do campo magnético protetor até a influência direta sobre a dinâmica das placas tectônicas. Apesar de tais avanços, questões fundamentais permaneciam sem resposta: a temperatura exata, o conteúdo químico e o momento em que o núcleo começou a solidificar.

“Embora saibamos que o núcleo da Terra é predominantemente constituído por ferro e níquel, dados sísmicos sugerem que ele deve ser cerca de 10% menos denso do que apenas ferro puro — indicando a presença de outros elementos.”
(“While we know that Earth’s core should be made of iron and nickel, seismic data suggest it must be about 10% less dense than pure iron — indicating other elements are present.”)

— Equipe de Pesquisa, Universidade de Cambridge

Meteoritos fornecem pistas iniciais quanto à presença de elementos como silício ou enxofre, mas não determinam a composição com precisão. Sismologia, capaz de identificar mudanças de densidade por meio de ondas de terremotos, também limita-se a um espectro razoavelmente amplo de possibilidades.

Resultados e Metodologia

A pesquisa utilizou simulações de física mineral para explorar a solidificação do núcleo. O estudo detectou que o início do congelamento do núcleo depende de um fenômeno conhecido como super-resfriamento — quando um líquido permanece abaixo de seu ponto de fusão por algum tempo antes de solidificar. Os resultados indicam que um núcleo composto apenas por ferro exigiria super-resfriamento extremo (~1000°C abaixo da temperatura de fusão), incompatível com as dimensões observadas do núcleo sólido.

A introdução de carbono na simulação mostrou-se crucial. Uma proporção de 2,4% de carbono em massa no núcleo permitiria um super-resfriamento de cerca de 420°C — valor plausível para a formação da região sólida observada.

“Pela primeira vez, demonstramos que a solidificação do núcleo interno da Terra é viável com a presença de 2,4% a 3,8% de carbono, tornando a hipótese consistente com as medidas sísmicas.”
(“For the first time, we have shown that freezing of the Earth’s inner core is possible with 2.4% to 3.8% carbon, making the hypothesis consistent with seismic measurements.”)

— Equipe de Pesquisa, Universidade de Cambridge

Além disso, os cálculos revelam a necessidade de pelo menos mais um elemento — como oxigênio ou silício — para explicar características sísmicas específicas do núcleo.

Implicações e Próximos Passos

Os resultados estreitam significativamente o leque de possibilidades para a composição química do núcleo e ajudam a esclarecer o processo que permitiu a formação de seu núcleo sólido — elemento central para a geração do campo magnético terrestre.

A nova abordagem, fundamentada na física mineral e no conceito de super-resfriamento, complementa métodos tradicionais e abre caminho para pesquisas multidisciplinares sobre as condições extremas do interior planetário e suas implicações.

Especialistas do setor avaliam que as informações levantadas podem não apenas reorientar estudos sobre a evolução térmica e magnética da Terra, mas também influenciar a busca por elementos-chave em outros corpos planetários do Sistema Solar.

Nas próximas etapas, pesquisadores almejam refinar ainda mais as estimativas, incluindo outros elementos possíveis e variando parâmetros de pressão e temperatura em cenários simulados, com o intuito de modelar com máxima fidelidade as condições reais do núcleo terrestre.

A descoberta aprimora substancialmente o entendimento sobre a formação e evolução geológica do planeta, sendo um passo importante para desvendar os mecanismos que moldaram — e ainda moldam — a superfície e as dinâmicas internas da Terra.

Fonte: (Live Science – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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