Seul — InkDesign News — Uma equipe de pesquisadores da Coreia do Sul desenvolveu um novo adesivo para espinhas, composto por microagulhas em formato de setas e substâncias antibacterianas e anti-inflamatórias, que demonstrou eliminar lesões de acne em sete dias. Os resultados da pesquisa clínica, publicados no periódico ACS Applied Materials & Interfaces, indicam avanços promissores para o tratamento domiciliar de acne.
O Contexto da Pesquisa
Os chamados “pimple patches” — adesivos para acne — tornaram-se populares por absorverem umidade e oleosidade, promovendo a cicatrização de espinhas. Porém, versões anteriores que utilizam microagulhas para entrega de medicamentos apresentavam problemas de fixação e risco de irritação cutânea. Visando superar essas limitações, Shayan Fakhraei Lahiji, Yong-Hee Kim e colegas da Cursus Bio Inc. propuseram aprimorar a plataforma, buscando adesão firme sem agressão à pele.
Resultados e Metodologia
Os pesquisadores utilizaram uma impressora 3D especializada para produzir microarrays de microagulhas em formato de seta, capazes de se fixar melhor à pele. O material de base, o ácido hialurônico, foi enriquecido com compostos como ácido salicílico, extrato de Cannabis sativa, niacinamida e camomila. Vinte participantes aplicaram o adesivo antibacteriano no primeiro dia, seguido por seis dias de adesivos anti-inflamatórios. O microarray foi totalmente absorvido em até 90 minutos, sem desconforto ou irritação relatados.
“Após três dias, observamos redução de 81% das lesões acneicas em áreas tratadas, enquanto, após sete dias, não se observou nenhuma lesão remanescente.”
(“After three days, participants noted an 81% reduction in acne lesions in the treated areas compared to untreated pimples, and after seven days, the treated pimples were gone altogether.”)— Yong-Hee Kim, Pesquisador, Cursus Bio Inc.
Além da eliminação das espinhas, houve redução significativa da produção de sebo, e 95% dos participantes relataram satisfação total.
Implicações e Próximos Passos
O lançamento comercial dos novos adesivos está previsto para o outono de 2025 na Coreia do Sul e nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, a tecnologia poderá ser adaptada para aplicação de tratamentos em outros distúrbios dermatológicos e até no campo de vacinas.
“Nosso trabalho evidencia o potencial dos patches de microagulhas como plataforma para aplicações além do tratamento da acne, abrangendo desde doenças de pele até terapias para obesidade e vacinação.”
(“Our work highlights the potential of microarray patches as a platform for applications beyond acne treatment, ranging from skin disorders to obesity therapies and vaccine delivery.”)— Yong-Hee Kim, Pesquisador, Cursus Bio Inc.
O estudo recebeu financiamento de órgãos como o Ministério de Pequenas e Médias Empresas e Startups da Coreia do Sul, o Projeto de P&D em Tecnologia da Saúde e o Ministério da Saúde e Bem-Estar coreano.
Especialistas acreditam que a consolidação dessa tecnologia poderá abrir caminho para terapias domiciliares mais eficientes em dermatologia e outras áreas, devendo estimular pesquisas futuras sobre entregas transdérmicas de compostos ativos.
Fonte: (ScienceDaily – Ciência)
