
Brasília — InkDesign News — Uma nova diretriz brasileira recomenda que pacientes adultos com sobrepeso ou obesidade sejam avaliados quanto à sua condição cardiovascular, estabelecendo categorias de risco e sugerindo tratamentos com medicamentos inovadores.
Contexto e objetivos
A obesidade e o sobrepeso são considerados problemas de saúde pública em crescente magnitude, afetando milhões de brasileiros. A “Diretriz Brasileira Baseada em Evidências de 2025 para o Manejo da Obesidade e Prevenção de Doenças Cardiovasculares” foi elaborada por diversas sociedades médicas e tem como alvo adultos entre 30 e 79 anos com essas condições. O objetivo é não apenas gerir melhor a obesidade, mas também reduzir o risco de doenças cardiovasculares associadas.
Metodologia e resultados
A diretriz sugere o uso do escore Prevent, uma ferramenta que quantifica o risco de complicações cardiovasculares nas próximas décadas. Com base nesse escore, os profissionais de saúde devem categorizar os pacientes em três níveis de risco: baixo, moderado e alto. O documento inclui critérios específicos, como a definição de risco alto para aqueles com doenças cardiovasculares prévias ou que apresentam um escore de 20% ou mais.
Além disso, a diretriz destaca a eficácia de medicamentos como a liraglutida e a semaglutida no tratamento de pacientes com risco cardiovascular moderado ou alto, evidenciando um enfoque mais proativo na gestão da obesidade. Como afirmado no documento, “a recomendação visa a perda de peso e a redução de risco cardiovascular” para pacientes específicos.
Implicações para a saúde pública
As implicações dessa nova diretriz são significativas, não apenas em termos de saúde individual, mas também coletivas. A categorização rigorosa do risco cardiovascular ajudará os profissionais de saúde a direcionar intervenções adequadas, potencialmente reduzindo a incidência de eventos vasculares adversos.
As autoridades de saúde devem implementar políticas que incentivem o uso do escore Prevent na prática clínica, além de promover a educação dos pacientes sobre os riscos associados à obesidade. A diretriz estabelece um marco para discutir o uso de medicamentos em larga escala, com a expectativa de que estes possam melhorar os resultados clínicos em pacientes monitorados de maneira adequada.
“Com essa nova abordagem, esperamos transformar a maneira como abordamos a obesidade e suas complicações”, diz um dos co-autores da diretriz.
Ao considerar a magnitude do problema da obesidade, as diretrizes lançadas oferecem uma base sólida para estratégias futuras e enfatizam a importância de um manejo integrado entre os profissionais de saúde.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)