
Vaticano — InkDesign News — A Seleção Nacional de Futebol da Cidade do Vaticano reúne padres, seminaristas e membros da Guarda Suíça para disputas amistosas desde 1985, embora não tenha filiação à FIFA, e mantém sua presença esportiva no menor país do mundo.
Desenvolvimento do jogo
A origem da seleção remonta a jogos amadores da década de 1960, com copas e ligas organizadas no Vaticano, mas sua oficialização vem do pontificado de João Paulo II. O primeiro confronto considerado oficial da equipe ocorreu em 1985 contra um grupo de jornalistas. As partidas, contudo, permanecem amistosas, já que a seleção não é reconhecida pela FIFA e não participa de torneios oficiais como a Eurocopa.
Com um elenco formado por membros da Igreja, incluindo o corpo policial da Santa Sé, conhecido como Guarda Suíça Pontifícia, além de seminaristas e funcionários, o time representa uma curiosa mistura entre fé e esporte. Para complementar, foi criado um time feminino em 2018, expandindo a participação esportiva do Vaticano.
Destaques e estatísticas
Desde sua fundação até o momento, a Seleção Vaticana disputou 31 partidas amistosas, acumulando 8 vitórias, 10 empates e 13 derrotas, um aproveitamento de 36,5%. Entre seus adversários estão seleções de países pequenos como Palestina, Mônaco e San Marino. Em campo, algumas figuras ilustres chegaram a estar associadas, como Giovanni Trapattoni, que treinou a equipe em 2010 em um amistoso contra a polícia italiana. Conhecido por sua passagem pela Juventus e o comando da seleção italiana em competições como a Eurocopa de 2004 e Copa do Mundo de 2002, Trapattoni trouxe experiência ao time.
Repercussão e próximos passos
“A iniciativa do Vaticano em fomentar o esporte é uma forma de unir a comunidade e promover valores esportivos dentro de uma instituição religiosa.”
— Giovanni Trapattoni, ex-treinador da Seleção Vaticana
Apesar do entusiasmo esportivo, a falta de reconhecimento oficial limita as ambições da seleção, impedindo sua participação em torneios reconhecidos internacionalmente. A criação do time feminino e a continuidade das partidas amistosas indicam uma valorização crescente do esporte na Santa Sé.
“Apesar dos resultados modestos, o futebol no Vaticano cria laços entre diferentes membros da Igreja e é uma expressão cultural importante além da tradição religiosa.”
— representante da ASD, Associação Esportiva Diletantística do Vaticano
Enquanto o Vaticano segue sem competir oficialmente, o futebol na Santa Sé permanece um símbolo de integração e atividade física, refletindo a paixão que o Papa Francisco também tem pelo esporte. O futuro poderá trazer novas oportunidades para a equipe, especialmente se houver interesse na filiação oficial à FIFA e participação em competições maiores.
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Fonte: (CNN Brasil – Esportes)