
Brasília — InkDesign News — A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI), condição neurológica que provoca um impulso incontrolável de movimentar as pernas, afeta entre 4% e 29% da população adulta em países ocidentais, com predomínio em mulheres, especialmente durante a gestação.
Contexto e objetivos
A SPI é uma enfermidade caracterizada por desconforto intenso nas pernas e a necessidade de movimento, recorrente em momentos de repouso, como ao se deitar ou relaxar. Estima-se que essa condição afete uma parcela significativa da população, com mulheres constituindo a maioria dos casos, em parte devido à deficiência de ferro, que exacerba os sintomas.
Metodologia e resultados
Em discussão durante o Congresso Brasileiro de Reumatologia, o reumatologista Marcelo Cruz Rezende ressaltou que a SPI tem um padrão genético e pode resultar em distúrbios severos de sono e fadiga diurna.
“A síndrome de pernas inquietas se caracteriza por uma alteração na síntese de dopamina, a mesma do Parkinson… E o ferro é fundamental para a construção dessa dopamina, faz parte de sua produção”
(“The restless legs syndrome is characterized by an alteration in dopamine synthesis, the same as Parkinson’s… And iron is fundamental for the construction of this dopamine, it is part of its production.”)— Marcelo Cruz Rezende, Reumatologista
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Implicações para a saúde pública
A condição pode trazer sérias repercussões sobre a qualidade de vida dos afetados, uma vez que distúrbios do sono, alterações de humor e redução de energia são frequentemente relatados. As campanhas de conscientização são essenciais para garantir que os indivíduos reconheçam os sintomas e busquem tratamento médico adequado. Rezende adverte sobre a importância da avaliação médica:
“Se você tem um distúrbio de sono… deve procurar um médico e relatar que você tem pernas inquietas porque o médico nem sempre vai perguntar sobre isso”
(“If you have a sleep disorder… you should see a doctor and report that you have restless legs because the doctor will not always ask about it.”)— Marcelo Cruz Rezende, Reumatologista
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Para indivíduos que experimentam essas dificuldades, o tratamento deve ser considerado quando os sintomas passam a interferir na qualidade de vida. As alternativas terapêuticas incluem programas de manejo e, em casos severos, intervenções médicas.
Fonte: (Agência Brasil – Saúde)