São Paulo — InkDesign News — O uso de inteligência artificial na administração pública cresce de forma alarmante, com a recente introdução do chatbot Copilot, da Microsoft, na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, conforme relatado pelo Axios. O potencial impacto dessa tecnologia no processo legislativo é uma questão que exige um exame cuidadoso.
Contexto e lançamento
A adoção de soluções de IA por órgãos governamentais não é propriamente nova, mas destaca-se pela velocidade com que se insere nas operações diárias das instituições. O uso do M365 Copilot na Câmara é parte de um esforço mais amplo para integrar a inteligência artificial nas funções governamentais. O porta-voz da Câmara, Mike Johnson, anunciará oficialmente a iniciativa durante um próximo Hackathon do Congresso. Essa estratégia se alinha a uma tendência crescente, onde empresas de tecnologia oferecem serviços a preços simbólicos para instâncias governamentais, refletindo uma fusão entre o setor privado e a governança.
Design e especificações
O M365 Copilot se baseia em algoritmos de aprendizado profundo para fornecer respostas e orientações, mas os detalhes exatos sobre suas funcionalidades ainda não foram plenamente divulgados. Relatos indicam que o uso do chatbot na Câmara contará com “proteções legais e de dados aprimoradas”, embora as especificidades desses recursos ainda não tenham sido esclarecidas. O governo está considerando várias ofertas similares e se empenhando em avaliar sua viabilidade ao longo do próximo ano.
Repercussão e aplicações
No entanto, o uso de tecnologia de IA levanta preocupações sérias em relação à regulação e ao impacto psicológico sobre os usuários. “A IA tem provado ter efeitos psicológicos bizarros e, em certas situações, potencialmente perigosos em seus usuários”, observou Gizmodo. Membro da Câmara, Susan Smith, expressou inquietação sobre essa nova direção, afirmando que, “é necessário garantir a segurança e a eficácia antes de qualquer implementação mais ampla”.
A recepção pública a essa iniciativa é mista; enquanto alguns veem oportunidade de modernização, outros se preocupam com a falta de entendimento a respeito das implicações éticas e práticas do uso de IA em decisões legislativas.
O uso de IA em uma instituição como o Congresso levanta importantes questões sobre a precisão das informações e a capacidade dos legisladores de compreender e regular tecnologias emergentes. Essa incerteza parece intensificar a necessidade de um debate mais profundo sobre as fronteiras éticas e legais do papel da IA na governança.
À medida que a tecnologia avança, será crucial monitorar as consequências desta iniciativa e considerar o impacto de tais ferramentas na função pública, especificamente em relação à sua eficácia e segurança.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)
