Washington — InkDesign News — O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, indicou nesta terça-feira (6) que o governo norte-americano pode anunciar acordos comerciais com alguns de seus principais parceiros ainda nesta semana. As negociações envolvem 17 grandes parceiros comerciais, embora China, a segunda maior economia mundial, ainda não faça parte das conversas, que ocorrem em meio a um cenário de inflação global elevada e variações nas taxas de juros.
Panorama econômico
Em um momento de incertezas econômicas globais, marcado por esforços para conter a inflação e ajustes nas políticas monetárias em diversas economias, os Estados Unidos buscam reestruturar suas relações comerciais. A iniciativa ocorre após tensões comerciais recentes que impactaram fluxos de comércio e investimentos internacionais. Bessent ressaltou que o governo está em fase de renegociação das ofertas feitas pelos parceiros, refletindo uma estratégia para alinhar interesses diante dos desafios fiscais e mercados globais instáveis.
Indicadores e análises
Segundo o secretário, as propostas recebidas de países parceiros são consideradas “muito boas” e atualmente estão em processo de “renegociação”. A ausência da China nas negociações revela uma postura cautelosa diante de sua posição econômica e dos desafios estruturais que a relação bilateral apresenta. O movimento visa equilibrar a balança comercial em um momento em que a pressão inflacionária persiste e o PIB global mostra sinais de desaceleração.
“Muitos parceiros comerciais fizeram propostas muito boas e que as autoridades dos EUA estão no processo de renegociar essas ofertas agora”
(“Many trading partners have made very good proposals and U.S. authorities are in the process of renegotiating those offers now”)— Scott Bessent, Secretário do Tesouro dos EUA
Impactos e previsões
Para o setor industrial, a concretização desses acordos pode levar a uma flexibilização tarifária e facilitação do comércio, promovendo a redução de custos e maior competitividade. Consumidores também podem ser beneficiados com uma maior oferta de produtos e possível controle nos preços em um contexto de inflação persistente. Especialistas alertam, contudo, para a necessidade de acompanhamento contínuo, dado o histórico volátil das negociações comerciais internacionais e os riscos fiscais internos, como o teto da dívida americana.
“O Tesouro está em alerta com relação ao teto da dívida, que pode influenciar diretamente a capacidade de investimentos e negociações do país”
(“The Treasury is on alert regarding the debt ceiling, which can directly influence the country’s investment capacity and negotiations”)— Scott Bessent, Secretário do Tesouro dos EUA
As próximas semanas serão cruciais para o desenrolar dessas negociações comerciais e para observar como os ajustes influenciarão o curso da política econômica norte-americana e suas relações comerciais globais. O mercado atento pode esperar anúncios oficiais que definirão, em maior medida, os rumos do comércio internacional e os possíveis impactos sobre inflação, juros e PIB dos países envolvidos.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)
