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Ciência & Exploração

Estudo aponta riscos da geoengenharia polar para o clima

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Cambridge — InkDesign News — Um novo estudo conduzido por uma equipe internacional de pesquisadores, publicado recentemente na Frontiers in Science, avalia as principais propostas de geoengenharia para conter os efeitos do aquecimento global nas regiões polares. A pesquisa conclui que nenhuma das cinco abordagens estudadas deve ser aplicada nas próximas décadas, devido à ineficácia e riscos significativos de consequências inesperadas.

O Contexto da Pesquisa

A elevação contínua das temperaturas globais, impulsionada pela emissão de gases do efeito estufa provenientes de atividades humanas, coloca as regiões polares em situação de extrema vulnerabilidade. O derretimento das camadas de gelo da Groenlândia e Antártica, além da diminuição da extensão do gelo marinho no Ártico e Antártida, ameaça acelerar o aumento do nível do mar e modificar padrões de circulação oceânica. Nesse cenário crítico, soluções tecnológicas conhecidas como geoengenharia vêm sendo discutidas como possíveis alternativas para retardar ou mitigar os impactos nessas áreas sensíveis.

Resultados e Metodologia

O estudo avaliou cinco das propostas de geoengenharia mais desenvolvidas para os polos: injeção de aerossóis estratosféricos, cortinas marítimas, manejo do gelo marinho, remoção de água basal e fertilização oceânica. Cada conceito foi examinado a partir de seis critérios: abrangência, viabilidade, custos financeiros, eficácia, riscos ambientais e desafios de governança.

Os resultados não foram promissores. Dentre os obstáculos identificados estão altos custos — a estimativa para as cortinas marítimas, por exemplo, supera em até 25 vezes projetos já executados em ambientes menos adversos — e inviabilidade técnica, como a necessidade de distribuir um milhão de bombas por ano para cobrir 10% do Ártico com o intuito de congelar água do mar. Já iniciativas como a dispersão de microesferas de vidro sobre o gelo, já interrompidas por riscos ecológicos, e a fertilização oceânica, enfrentam forte resistência internacional e ambiental.

“Nenhum dos conceitos avaliados mostrou-se viável neste século, considerando critérios objetivos de implementação, eficácia e governança.”
(“None of the proposed polar geoengineering concepts passed scrutiny as concepts that are workable over the coming decades.”)

— Dr. Julian Dowdeswell, Glaciologista, Universidade de Cambridge

Algumas dessas técnicas, segundo os pesquisadores, podem até agravar a complacência quanto à urgência de redução de emissões:

“As propostas de geoengenharia polar criam falsas expectativas de evitar as piores consequências das mudanças climáticas sem a necessidade de cortes rápidos de emissões.”
(“Polar geoengineering proposals raise false hopes for averting some disastrous consequences of climate change without rapidly cutting greenhouse gas emissions.”)

— Equipe de Pesquisa, Frontiers in Science

Implicações e Próximos Passos

O trabalho alerta para o risco de desvio do foco principal: a rápida descarbonização. O incentivo desproporcional à geoengenharia pode ser instrumentalizado por interesses que buscam prolongar o uso de combustíveis fósseis, retardando ações efetivas contra o aquecimento global. Os cientistas destacam que soluções baseadas em emissões zero oferecem benefícios realizáveis no curto prazo, ao contrário das técnicas avaliadas, que carecem de eficácia comprovada, apresentam elevados custos e ainda podem desencadear impactos ambientais irreversíveis.

Adicionalmente, discussões recentes no âmbito do Tratado da Antártica evidenciaram ampla rejeição internacional quanto à realização de experimentos de geoengenharia nas regiões polares, solidificando a necessidade de regulamentação e cautela.

No horizonte imediato, a orientação dos especialistas é inequívoca: esforços e investimentos científicos devem priorizar a redução real das emissões e pesquisa em tecnologias de energia limpa, colocando a geoengenharia como última alternativa apenas sob condições de máxima emergência climática.

Fonte: (Live Science – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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