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Ciência & Exploração

Pesquisa revela que cabeça mumificada de 350 anos intriga ciência

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Lausana, Suíça — InkDesign News —

Uma pesquisa publicada em 27 de agosto pela equipe do Museu Cantonal de Arqueologia e História de Lausana revelou que uma cabeça mumificada, descoberta na Bolívia há mais de um século, não pertence a um indivíduo inca, como anteriormente suposto. Análises recentes apontam que o exemplar tem origem na cultura aymara e apresenta evidências de práticas rituais, incluindo uma tentativa de trepanação.

O Contexto da Pesquisa

O espécime, doado ao museu em 1914 por um colecionador suíço que o adquiriu na Bolívia na década de 1870, havia sido classificado como relíquia inca devido a uma anotação anexa. Novos estudos, no entanto, revelaram que a deformação craniana observada é típica dos aymara, povo indígena dos altiplanos bolivianos. Os pesquisadores buscaram recompor o contexto arqueológico do indivíduo para resgatar sua história original.

“Esses restos não são apenas ossos em uma coleção antropológica. Eles são restos de indivíduos por direito próprio.”

(“These remains are not just bones in an anthropological collection. They are the remains of individuals in their own right.”)

— Claire Brizon, Museóloga, Museu Cantonal de Arqueologia e História de Lausana

Resultados e Metodologia

A equipe liderada por Claudine Abegg, antropóloga da Universidade de Genebra, empregou apenas métodos não invasivos para examinar a cabeça, composta de pele, face, crânio, mandíbula e parte do pescoço. O topo do crânio exibe uma lesão proeminente, fruto de uma tentativa não concluída de trepanação — incisão ritualística óssea sem sinais de trauma. O homem adulto, estimado em pelo menos 350 anos, passou por deformação craniana na infância por meio de bandagens, prática comum na América do Sul pré-colombiana.

Imagens obtidas mostram o crânio de forma aproximadamente cônica e marcas superficiais indicativas de dano por insetos. O exame revelou que a lesão no crânio não atravessou todas as camadas ósseas. Segundo a pesquisa, o local provável de coleta foi um “chullpa”, torre funerária típica da região, onde a mumificação natural é favorecida pelo clima seco e frio.

“Decisões sobre análises destrutivas, como testes isotópicos ou de DNA, devem ser tomadas pelas comunidades relacionadas ao indivíduo.”

(“But that decision should rest with communities connected to him.”)

— Claudine Abegg, Antropóloga, Universidade de Genebra

Implicações e Próximos Passos

Os resultados contribuem para a reatribuição cultural e histórica de acervos antropológicos, destacando a necessidade de respeito aos contextos e práticas dos povos originários. Especialistas consideram o caso singular, pois associa deformação craniana e tentativa de trepanação em um mesmo indivíduo, sem evidências de lesão traumática anterior.

Julia Gresky, paleopatologista não envolvida no estudo, ressaltou a raridade do achado e levantou a hipótese de motivação ritual para a trepanação incompleta. A pesquisa também reitera a importância de processos éticos em estudos com restos humanos, recomendando que potenciais testes destrutivos sejam decididos apenas mediante consulta às comunidades de origem.

A cabeça mumificada permanece sob guarda do museu em Lausana, sem previsão de exposição ao público e em aberto para solicitações de repatriação por interessados legítimos. Próximos desdobramentos deverão incluir discussões éticas e jurídicas sobre o destino de peças arqueológicas semelhantes, consolidando práticas mais colaborativas entre instituições, pesquisadores e povos originários.

Fonte: (Live Science – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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