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Ciência & Exploração

Estudo revela que maioria abandona droga de emagrecimento em 1 ano

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Viena — InkDesign News — Metade dos adultos dinamarqueses sem diabetes que iniciaram o uso do medicamento antiobesidade semaglutida abandonaram o tratamento no prazo de um ano, revela pesquisa apresentada no Congresso Anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD) de 2024. O estudo examina os desafios de adesão a agonistas do receptor de GLP-1, conhecidos pela eficácia no controle do peso.

O Contexto da Pesquisa

Desenvolvidos inicialmente para o tratamento do diabetes, os agonistas do receptor de GLP-1 (GLP-1RAs) têm ganhado destaque no combate à obesidade por reduzirem o apetite e aumentarem a sensação de saciedade. Entretanto, esses tratamentos são caros e podem ampliar desigualdades em saúde, já que a obesidade afeta desproporcionalmente grupos racial, étnica e socioeconomicamente marginalizados. O abandono precoce dessas medicações sugere desafios ainda pouco explorados por estudos anteriores.

Resultados e Metodologia

Utilizando dados de registros nacionais de saúde, pesquisadores da Universidade de Aarhus e do Hospital Universitário de Aarhus analisaram adultos sem diabetes que começaram semaglutida para perda de peso entre dezembro de 2022 e outubro de 2023. Dos 77.310 usuários identificados, 52% interromperam o tratamento em até 12 meses — sendo 18% em três meses, 31% em seis meses e 42% em nove meses.

O principal fator de descontinuidade foi a faixa etária: adultos de 18 a 29 anos tiveram 48% mais chance de abandonar o medicamento em comparação ao grupo de 45-59 anos, mesmo controlando por sexo. Moradores de áreas de baixa renda apresentaram 14% mais probabilidade de desistência em relação às regiões de alta renda. O custo anual estimado do tratamento na Dinamarca é de 2.000 euros para a menor dosagem, o que representa importante barreira de acesso.

Efeitos adversos também influenciaram os índices de abandono: pessoas com histórico de uso de medicamentos gastrointestinais tinham 9% mais risco de parar, enquanto usuários de medicamentos psiquiátricos tinham 12% mais chance. Portadores de doenças cardiovasculares ou crônicas desistiram 10% mais frequentemente.

“Esse nível de abandono preocupa, pois esses medicamentos não são uma solução temporária rápida. Para funcionarem, precisam ser usados no longo prazo. Todos os benefícios no controle do apetite se perdem com a interrupção.”
(“This level of drop off is concerning because these medications aren’t meant to be a temporary quick fix… All of the beneficial effects on appetite control are lost if the medication is stopped.”)

— Professor Reimar W. Thomsen, Departamento de Epidemiologia Clínica, Universidade de Aarhus

Outro dado relevante foi a diferença entre gêneros: homens tiveram 12% mais propensão a abandonar o tratamento em até um ano, refletindo potencial insatisfação com os resultados, já que mulheres, em geral, perdem mais peso com GLP-1RA.

“Com mais da metade dos adultos na Europa com sobrepeso ou obesidade, conhecer os fatores que encorajam a adesão é essencial para melhorar os resultados em saúde e qualidade de vida.”
(“With over half of adults in Europe living with overweight or obesity, understanding who may benefit most from interventions that encourage adherence is essential to improving treatment use and subsequent health outcomes and quality of life.”)

— Professor Reimar W. Thomsen, Departamento de Epidemiologia Clínica, Universidade de Aarhus

Implicações e Próximos Passos

Os resultados evidenciam obstáculos financeiros e clínicos para a adesão de longo prazo ao semaglutida, destacando a necessidade de estratégias que promovam o acesso e a permanência dos pacientes em tratamento. A falta de dados sobre IMC exato, renda individual e cobertura de custos limita a análise de subgrupos, e os efeitos colaterais leves podem estar subestimados nos registros utilizados.

Especialistas apontam que, para enfrentar o desafio crescente da obesidade, será fundamental desenvolver políticas que mitiguem os custos elevados e aprimorem o manejo dos efeitos adversos. O próximo passo para a pesquisa será avaliar como intervenções direcionadas podem aumentar a adesão e, consequentemente, melhorar os desfechos de saúde para populações mais vulneráveis.

O estudo reforça a complexidade do tratamento da obesidade e indica que soluções sustentáveis exigem não só inovações farmacológicas, mas também políticas públicas e acesso equitativo. Novos desdobramentos devem incluir o aprimoramento de estratégias personalizadas para grupos de risco identificados — como jovens adultos, pessoas de baixa renda e pacientes com comorbidades.

Fonte: (ScienceDaily – Ciência)

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Tiago F Santiago

Tiago F. Santiago é Analista de Marketing na C2HSolutions, onde, em sua atuação fixa, combina estratégia e tecnologia para impulsionar soluções digitais. Paralelamente, dedica-se como hobby à InkDesign News, contribuindo com a criação de notícias e conteúdos jornalísticos. Apaixonado por programação, ele projeta aplicações web e desenvolve sites sob medida, apoiando-se em sua sólida expertise em infraestrutura de nuvem — dominando Amazon Web Services, Microsoft Azure e Google Cloud — para garantir que cada projeto seja escalável, seguro e de alta performance. Sua versatilidade e experiência técnica permitem-lhe transformar ideias em produtos digitais inovadores.

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