
Santa Mônica, Califórnia — InkDesign News — Quase 12% dos americanos já utilizaram medicamentos agonistas de GLP-1 para perda de peso, incluindo cerca de um quinto das mulheres de 50 a 64 anos, segundo um novo relatório do RAND Corporation publicado em setembro de 2025. O estudo baseia-se em pesquisa nacional conduzida com 8.793 participantes do painel RAND American Life.
O Contexto da Pesquisa
O crescente interesse em medicamentos agonistas de GLP-1, como Ozempic, reflete mudanças no cenário do tratamento da obesidade nos Estados Unidos. Originalmente desenvolvidos para diabetes tipo 2, esses fármacos ganharam destaque após estudos recentes demonstrarem sua eficácia para redução significativa do peso corporal. Desde 2020, a quantidade de prescrições dessas medicações mais do que triplicou, impulsionando debates sobre seus impactos na saúde pública.
Resultados e Metodologia
A equipe da RAND entrevistou uma amostra representativa nacionalmente de adultos americanos e analisou tanto o uso dessas drogas quanto a experiência dos pacientes com efeitos colaterais. O levantamento, realizado entre abril e maio de 2025, indica que 11,8% dos entrevistados já usaram agonistas de GLP-1, enquanto 14% mostram interesse futuro em utilizá-los, e 74% informam não ter intenção de recorrer ao tratamento.
As mulheres apresentaram taxas mais altas de uso do que os homens, especialmente no segmento de 50 a 64 anos. Entre aqueles com 65 anos ou mais, homens são levemente mais propensos ao uso. Nos grupos de 30 a 49 anos, mulheres são mais que o dobro dos homens entre os usuários. A pesquisa identificou que metade dos que usaram relataram náuseas, e um terço, diarreia — principais efeitos adversos dos medicamentos.
“Nosso levantamento revela um amplo alcance do uso de agonistas de GLP-1 em diferentes faixas etárias, sobretudo entre mulheres de meia-idade.”
(“Our survey reveals a broad reach of GLP-1 agonist use across age groups, particularly among middle-aged women.”)— Robert Bozick, Pesquisador, RAND Corporation
Implicações e Próximos Passos
Os resultados do relatório — o maior já realizado sobre o tema — fornecem subsídios fundamentais para profissionais de saúde, formuladores de políticas públicas e pesquisadores do campo da obesidade e endocrinologia. A análise por idade e sexo contribui para estratégias de prevenção e monitoramento de efeitos adversos, além de orientar decisões sobre ampliação de acesso seguro e controlado a essas terapias.
Segundo a RAND, os próximos relatórios deverão aprofundar a compreensão dos padrões de uso e expandir o conhecimento sobre benefícios e riscos dos medicamentos. Especialistas recomendam vigilância contínua sobre a segurança dos pacientes e reforço de campanhas de orientação.
“Monitorar experiências e efeitos adversos é essencial para aprimorar protocolos clínicos e proteger a população.”
(“Monitoring experiences and adverse effects is essential to improve clinical protocols and protect the population.”)— Shannon Donofry, Pesquisadora, RAND Corporation
A continuidade da série de relatórios do RAND American Life Panel promete trazer novos dados relevantes para políticas de saúde pública, reforçando a necessidade de equilíbrio entre inovação terapêutica e segurança do paciente na luta contra a obesidade.
Fonte: (ScienceDaily – Ciência)