
São Paulo — InkDesign News — Pesquisadores apontam que, dentro da próxima década, há uma probabilidade de 90% de que telescópios baseados na Terra ou no espaço consigam detectar um buraco negro primordial em explosão, o que alteraria a compreensão atual do universo.
Detalhes da missão
A missão se concentra na busca por buracos negros primordiais, que são teóricos buracos negros formados logo após o Big Bang, há 13,8 bilhões de anos. As novas investigações sugerem que esses eventos podem ser visualizados com uma frequência de uma vez a cada dez anos, ao invés da estimativa anterior de uma vez a cada 100.000 anos. Essa mudança se deve a um novo modelo desenvolvido pelos cientistas que implica uma carga elétrica nos buracos negros.
Tecnologia e objetivos
Os pesquisadores utilizam um modelo teórico chamado “modelo de brinquedo de QED escura”, que inclui uma versão pesada do elétron, denominado “elétron escuro”. Para desenvolver a detecção, os telescópios existentes têm capacidade para observar a radiação de Hawking, que precede a explosão e indica a evaporação dos buracos negros. Segundo Michael Baker, “não estamos afirmando que isso vai acontecer absolutamente nesta década, mas existe a chance de 90% de que ocorra”
(“We’re not claiming that it’s absolutely going to happen this decade, but there could be a 90% chance that it does.”)— Michael Baker, Pesquisador, Universidade de Massachusetts, Amherst.
Próximos passos
O próximo passo da equipe é preparar os instrumentos para a observação efetiva dos buracos negros primordiais, com a expectativa de que um evento possa ocorrer em um futuro próximo. Joaquim Iguaz Juan afirmou que “sabemos como observar a radiação de Hawking. Se conseguirmos detectá-la, estaremos vendo um buraco negro primordial em explosão”
(“We know how to observe Hawking radiation. If we see it, we are seeing an exploding primordial black hole.”)— Joaquim Iguaz Juan, Pesquisador, Universidade de Massachusetts, Amherst.
Essa pesquisa não apenas impulsiona a exploração espacial, mas também pode revolucionar nossa compreensão da física moderna, oferecendo uma visão detalhada dos componentes fundamentais do universo.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)