
São Paulo — InkDesign News — O Telescópio Espacial James Webb (JWST) capturou uma imagem impressionante de uma estrela massiva nas imediações da Via Láctea, demonstrando o fenômeno de jatos cósmicos sendo expelidos em um processo que pode revelar segredos sobre a formação das estrelas no universo.
Detalhes da missão
Em uma observação publicada em 10 de setembro, o JWST identificou os jatos que se estendem por oito anos-luz à medida que se chocam com o meio interestelar, formando a nebulosa conhecida como Sharpless 2-284 (Sh2-284). Os jatos se expandem a uma velocidade impressionante de centenas de milhares de milhas por hora. Jonathan Tan, da Universidade da Virgínia e da Universidade de Chalmers, destacou que “uma vez que encontramos uma estrela massiva lançando esses jatos, percebemos que poderíamos usar as observações do Webb para testar teorias de formação de estrelas massivas”.
Tecnologia e objetivos
O JWST utiliza sua Câmera Infravermelha Próxima (NIRCam) para investigar fenômenos estelares em profundidade, permitindo análises detalhadas da formação estelar em ambientes com baixa metalicidade, como Sh2-284. Segundo Tan, modelos de formação estelar sugerem que a estrela em questão tem aproximadamente dez vezes a massa do Sol e está em um estado de crescimento ativo. Cheng, observador principal do projeto, acrescentou: “Essas condições mimetizam aquelas encontradas no universo primitivo.” A tecnologia de ponta do JWST fornece uma nova perspectiva sobre as propriedades intrínsecas dessas estrelas e como seus jatos interagem com o meio ao redor.
Próximos passos
A pesquisa continuará a explorar a história de Sh2-284, focando na evolução dos jatos que, ao serem emitidos por até 100.000 anos, ajudam a mapear o ciclo de vida da estrela. Os cientistas esperam que essas descobertas contribuam para a compreensão dos ambientes, onde as estrelas massivas se formaram desde os primórdios do cosmos. “Nossa descoberta está iluminando o mecanismo de formação de estrelas massivas em ambientes de baixa metalicidade”, disse Cheng.
As observações atuais não apenas promovem o entendimento da formação estelar como também destacam o papel essencial que essas estrelas massivas desempenham na química do universo ao eventualmente explodirem como supernovas e enriquecendo o espaço com novos elementos. O ciclo estelar continua a nos oferecer insights fundamentais sobre a natureza do cosmos.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)