
São Paulo — InkDesign News —
A evolução do design de avatares digitais é marcada pela recente proposta de Ben Geskin, que reinventa a interface da assistente virtual Siri para o headset Vision Pro da Apple. Esta inovação busca criar uma conexão emocional mais forte entre os usuários e a tecnologia.
Design de produto
O novo conceito apresenta a Siri como um avatar acolhedor, retirando traços do ícone do Finder do macOS e colocando-o em um orbe vibrante. A ideia é equilibrar a presença física com um design amigável, proporcionado pela cor e formas que remetem à identidade da Apple. “Um rosto traz uma dimensão emocional à interação, facilitando a conexão com os usuários” (“A face traz uma dimensão emocional à interação, facilitando a conexão com os usuários”).
— Ben Geskin, Designer
Entre as interações, o uso de cores dinâmicas que se movimentam, especialmente enquanto o sistema processa comandos, acrescenta um elemento visual de engajamento que os usuários esperam nas tecnologias modernas. A proposta de Geskin emerge em um contexto onde as interfaces estão cada vez mais adaptadas às necessidades emocionais dos usuários.
Inovação e materiais
O design de Geskin reflete uma abordagem inovadora ao infundir personalização e acessibilidade nas interações com assistentes virtuais. Ao substituir os tradicionais sons e ondas de luz por uma presença digital interativa, a nova visão da Siri promove um ambiente mais intuitivo no headset Vision Pro. A aplicação de um avatar digital visivelmente mais acolhedor e expressivo abre caminho para um diálogo mais natural com a tecnologia.
O movimento em si também representa uma mudança ampla no design, onde a interação humano-tecnologia busca se distanciar da frieza típica das interfaces anteriores, como Clippy, e se orienta para uma estética mais colaborativa e menos instrucional.
Sustentabilidade e impacto
As implicações deste novo design vão além da estética, trazendo discussões sobre a sustentabilidade da presença digital. A necessidade de criar uma conexão emocional com a IA levanta questões sobre o impacto que esses designs têm na percepção pública e no engajamento do usuário. Essa transformação no design não só atende demandas modernas de interação, mas também propõe um novo paradigma de aceitação da inteligência artificial em ambientes cotidianos.
No futuro, espera-se que essa abordagem se estenda a outros dispositivos e assistentes, refletindo uma tendência mais ampla de humanização na tecnologia Digital.
A proposta de Geskin atraiu a atenção na plataforma Threads, onde as comparações com outras representações digitais como Miss Minutes, do seriado Loki, foram recorrentes. Isso demonstra como as faces podem humanizar interfaces que, à primeira vista, não possuem características humanas.
Em um mundo onde a tecnologia é cada vez mais proeminente, a busca por soluções que facilitem o entendimento e a utilização dos dispositivos se mostra essencial.
Fonte: (yankodesign – Design)