
São Paulo — InkDesign News — O advento de agentes de inteligência artificial promete transformar a estrutura de comando militar, trazendo uma nova abordagem em um campo que há séculos se norteia por práticas antiquadas.
Contexto e lançamento
Apesar dos avanços significativos nas últimas duas décadas, a estrutura de pessoal militar moderna permanece em muitos aspectos fiel à que existia durante a era de Napoleão. O contexto atual revela um reencontro com a tecnologia, à medida que as organizações militares tentam incorporar capacidades de inteligência artificial para otimizar a tomada de decisão e a coordenação.
Design e especificações
Os agentes de IA são softwares autônomos, orientados por objetivos, capazes de automatizar tarefas rotineiras dentro das equipes de comando, acelerando ciclos de decisão e melhorando a eficácia da comunicação em tempo real. A implementação desses agentes gera maior agilidade nas operações militares, reduzindo o número de soldados necessários em tarefas administrativas. A pesquisa realizada por Benjamin Jensen e sua equipe no Center for Strategic & International Studies demonstrou que esses modelos tecnológicos podem acelerar a elaboração de planos operacionais e a análise de contingências.
“Os agentes de IA podem automatizar a fusão de múltiplas fontes de inteligência e modelagem de ameaças, apoiando os objetivos de um comandante”
(“AI agents can automate the fusion of multiple sources of intelligence and threat-modeling, supporting a commander’s goals.”)— Benjamin Jensen, Professor de Estudos Estratégicos, Universidade do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA
Repercussão e aplicações
A comunidade militar está começando a perceber o potencial desses agentes para reformular com eficácia ações de combate e planejamento estratégico. A necessidade de repensar as estruturas de comando se tornou evidente após as experiências empíricas realizadas, que revelaram os riscos das configurações tradicionais, agora vulneráveis a ataques modernos, como evidenciado pelas falhas na Ucrânia. A capacidade de gerenciamento eficiente de informações massivas, aliada à redução do tamanho das equipes, permitirá uma flexibilidade sem precedentes no planejamento militar.
“A adoção de agentes de IA exige mudanças significativas na educação dos oficiais, que devem aprender a construir e implementar essas tecnologias”
(“Adopting AI agents requires significant changes in officer education, who need to learn how to build and implement these technologies.”)— Benjamin Jensen
À medida que as forças armadas diversificam suas estratégias e experimentam com sistemas de IA, as expectativas são de um contingente mais ágil e resiliente, adaptando-se às novas dinâmicas do combate moderno. As reformas necessárias prometem quebrar o ciclo de dependência de grandes equipes, enfrentando desafios no design e na operação de um exército do século XXI.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)