
Canadá — InkDesign News — Pesquisadores da Universidade de Victoria detectaram atividade em uma falha geológica há muito considerada inativa no Canadá, levantando preocupações sobre um potencial terremoto significativo na região. A falha Tintina, que se estende por aproximadamente 1.000 quilômetros de Colúmbia Britânica até o Alasca, tem uma história de rupturas significativas nos últimos 2,6 milhões de anos.
Detalhes da missão
O estudo, publicado em 15 de julho de 2025 na revista Geophysical Research Letters, focou em um trecho de 130 quilômetros da falha Tintina, próximo à cidade de Dawson. Pesquisadores utilizaram dados topográficos de alta resolução, obtidos por satélites, aeronaves e drones, para identificar marcas deixadas por terremotos passados, que antes estavam ocultas sob densa vegetação e depósitos glaciares.
Tecnologia e objetivos
A tecnologia Lidar e dados de satélite foram fundamentais para esta investigação. O autor principal Theron Finley declarou:
“Os dados Lidar e de satélite são incrivelmente importantes para este tipo de trabalho e revolucionaram o campo da paleosseismologia.”
(“Lidar and satellite data are incredibly important for this kind of work, and have revolutionized the field of paleoseismology.”)— Theron Finley, Pesquisador, Universidade de Victoria
Além disso, a análise dos deslocamentos em formações terrestres permitiu reconstruir a atividade recente da falha, indicando um déficit de deslizamento de cerca de 6 metros acumulado desde o último grande terremoto registrado. Glaciares com 2,6 milhões de anos apresentaram deslocamentos de aproximadamente 1 quilômetro, enquanto características de 132.000 anos mostraram um desvio de 75 metros.
Próximos passos
Para uma compreensão mais precisa da frequência de grandes rupturas na falha Tintina, Finley e sua equipe planejam escavar uma trincheira paleosseismológica. Isso permitirá a análise de camadas de sedimentos deslocados e a datação de terremotos passados, fornecendo um panorama mais claro da taxa de recorrência da falha. O pesquisador observou:
“Embora nossas observações indiquem um déficit substancial de deslizamento, ainda não temos uma boa noção de quão frequentemente ocorrem grandes rupturas na falha Tintina.”
(“Though our observations indicate a substantial slip deficit, we don’t yet have a good sense of how frequently large ruptures occur on the Tintina fault.”)— Theron Finley, Pesquisador, Universidade de Victoria
A análise sugere que uma ruptura nessa seção da falha Tintina pode superar a magnitude 7,5, forte o suficiente para causar tremores severos em Dawson e danificar estradas e operações de mineração próximas. Apesar disso, a falha Tintina atualmente não está listada como uma fonte sísmica separada no Modelo Nacional de Perigos Sísmicos do Canadá, que orienta normas de engenharia e construção. As descobertas desse estudo serão utilizadas em futuras atualizações para aprimorar o planejamento de emergência local.
A crescente compreensão das falhas tectônicas, como a Tintina, não apenas fornece insights sobre os riscos sísmicos na região, mas também contribui para o avanço do conhecimento humano sobre a dinâmica da atividade geológica.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)