
São Paulo — InkDesign News — A senadora Tereza Cristina (PP-MS) afirmou nesta terça-feira (6), em evento realizado em São Paulo, que a aplicação da “reciprocidade” comercial contra os Estados Unidos dependerá do “juízo” do presidente Donald Trump. A declaração ocorreu em meio a debates sobre o impacto do chamado “tarifaço” do governo americano nas relações comerciais bilaterais e no mercado global.
Panorama econômico
O contexto global é marcado por volatilidade e tensões comerciais que desafiam produtos brasileiros no mercado internacional. A lei que autoriza o Brasil a adotar medidas de retaliação a barreiras comerciais — com destaque para as tarifas impostas por Washington — foi sancionada em abril, e Tereza Cristina foi relatora do texto.
O evento promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reuniu também o presidente da entidade, João Martins, e o deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O debate focou não apenas nas ameaças externas, mas também em gargalos internos que limitam a produção do setor agropecuário brasileiro.
Indicadores e análises
O mecanismo de reciprocidade é interpretado como resposta ao aumento tarifário dos Estados Unidos, que vêm impondo barreiras a produtos brasileiros. A senadora destacou que o uso do dispositivo comercial precisa ser “pragmático” e responsável diante do cenário global instável recente.
“Toda nossa preocupação diz respeito a um cenário que temos há pouco mais de três meses”
(“All our concern relates to a scenario we’ve had for just over three months”)— Tereza Cristina, Senadora (PP-MS)
O debate também abordou dados recentes, como o recorde do déficit comercial dos EUA em março, refletindo a complexidade das relações econômicas internacionais e a interferência das políticas tarifárias na dinâmica do comércio bilateral e global.
Impactos e previsões
O uso da reciprocidade comercial pode afetar diretamente o setor agropecuário brasileiro, que depende fortemente das exportações para o mercado americano. No entanto, a senadora reafirmou que qualquer ato retaliação dependerá da postura do governo norte-americano.
“Vai depender do juízo do presidente Trump”
(“It will depend on President Trump’s judgment”)— Tereza Cristina, Senadora (PP-MS)
Além das implicações comerciais externas, foram apontados entraves internos, como dificuldades estruturais para aumentar a competitividade da produção agroindustrial. A cautela na adoção de medidas retaliações visa tanto a manter o equilíbrio do mercado quanto a evitar desestabilizações adicionais em um cenário geopolítico complexo.
As próximas semanas serão decisivas para observar possíveis movimentações do governo brasileiro frente às políticas comerciais americanas. Especialistas acompanham a resposta política de Washington e a capacidade do Brasil em mitigar os impactos negativos na economia e no agronegócio.
Fonte: (CNN Brasil – Economia)