
São Paulo — InkDesign News — No dia 8 de agosto, às horas que antecedem o amanhecer, os observadores do céu nos Estados Unidos terão a oportunidade de observar os quatro maiores satélites naturais de Júpiter alinhando-se ao lado do “Rei dos Planetas” enquanto este se move pela constelação de Gêmeos.
Detalhes da missão
Júpiter surgirá no horizonte leste aproximadamente duas horas antes do nascer do sol. O planeta também será acompanhado por Vênus, que estará visível como uma brilhante “estrela” matinal, localizada a menos de 5 graus acima à direita do gigante gasoso. Observadores armados com binóculos 8×42 poderão apreciar os quatro maiores satélites de Júpiter: Io, Europa, Ganimedes e Calisto. Um pequeno telescópio, como um modelo Schmidt-Cassegrain ou Maksutov-Cassegrain, proporcionará uma visão mais detalhada da superfície nebulosa do planeta e permitirá uma aproximação dos mundos que o orbitam.
Tecnologia e objetivos
Os quatro principais satélites de Júpiter são conhecidos como luas galileanas, em homenagem ao astrônomo Galileu Galilei, que os descobriu em 1610. Durante a observação na madrugada de 8 de agosto, Europa ficará mais próxima de Júpiter, seguida de Io e Ganimedes, enquanto Calisto, a terceira maior lua do sistema solar, será o ponto de luz mais distante no céu. Acredita-se que Calisto possua um oceano salgado sob sua superfície. “Os avanços nas tecnologias de observação nos permitem uma nova compreensão sobre a complexidade dos sistemas planetários”, afirma um especialista em astrofísica.
Próximos passos
A sonda Juno da NASA tem estudado Júpiter e suas luas desde a sua inserção em órbita ao redor do planeta em julho de 2016, coletando dados e imagens que expandem o conhecimento sobre o gigante gasoso e seus satélites. Próximos passos incluem as missões Europa Clipper e JUICE (Jupiter Icy Moons Explorer), que estão programadas para chegar a Júpiter no início da década de 2030. A pesquisa visa aprofundar a compreensão sobre a geologia das luas geladas, em especial a possibilidade de vida em Europa. “Nosso trabalho continua a remodelar as noções sobre os tipos de ambientes que podem sustentar vida”, disse um cientista envolvido nas missões.
Este alinhamento celestial é um lembrete do impacto significativo que a exploração espacial tem para a ciência e para o avanço do conhecimento humano. A interação entre observações astronômicas e dados em tempo real promete enriquecer nosso entendimento do sistema solar.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)