
São Paulo — InkDesign News — O administrador interino da NASA, Sean Duffy, anunciou em uma coletiva de imprensa realizada no dia 5 de agosto que os Estados Unidos planejam colocar um reator nuclear na superfície lunar até 2030, visando ampliar a presença humana no espaço.
Detalhes da missão
A proposta de Duffy se insere em um contexto de maior competição espacial, especialmente contra a China. O reator nuclear deve ter uma capacidade de 100 quilowatts, suficiente para fornecer energia equivalente ao consumo de uma residência americana em três dias e meio. O reator será projetado para ser enviado à Lua sem suas operações ativas, como esclareceu Duffy durante a conferência.
Tecnologia e objetivos
O foco dessa nova corrida espacial é estabelecer uma base sustentável na Lua, o que requer uma fonte de energia confiável. De acordo com Duffy, “Estamos em uma corrida para a Lua, em uma corrida com a China para a Lua. E para termos uma base na Lua, precisamos de energia.”
(“We’re in a race to the moon, in a race with China to the moon. And to have a base on the moon, we need energy.”)
A escolha da localização é estratégica, pois a região polar sul da Lua apresenta crateras permanentemente sombreadas, onde se acredita que exista gelo d’água, um recurso valioso para futuras missões. Contudo, devido à rotação lenta da Lua, a energia solar pode ser ineficaz durante longos períodos de escuridão. A introdução do reator nuclear seria um avanço crucial nesse cenário.
Próximos passos
O plano de retornar humanos à Lua faz parte do programa Artemis, com a missão Artemis 3 programada para o meio de 2027, que incluirá uma equipe de astronautas permanecendo na superfície lunar por seis dias. “Artemis é, estamos voltando”, comentou Duffy, comparando a missão com o histórico programa Apollo.
(“A lot of people don’t know even what Artemis is. Everyone knew what Apollo was. We all knew. The whole world knew what Apollo was. We were going to the moon; Artemis is, we’re going back.”)
Enquanto a missão avança, agências espaciais internacionais também estão interessadas em parcerias para explorar a região lunar, o que poderá aumentar a colaboração na pesquisa espacial e nas futuras missões interplanetárias.
Essa iniciativa representa um passo significativo em direção à exploração lunar e ao potencial uso de recursos extraterrestres, sendo um marco para a ciência e para a presença humana no espaço.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)