NASA revela que furacões espaciais causam mais danos do que se pensava

São Paulo — InkDesign News — Um estudo recente revelou a existência de furacões espaciais, fenômenos eletromagnéticos semelhantes aos furacões terrestres, localizados sobre os polos. Observados pela primeira vez em 2014, esses furacões foram considerados, até agora, eventos raros e pouco compreendidos. A pesquisa, liderada por Sheng Lu, da Universidade de Shandong, na China, destaca o impacto desses fenômenos na magnetosfera terrestre e nas comunicações via GPS.
Detalhes da missão
O estudo analisou dados de satélites e estações no solo, focando na primeira ocorrência conhecida de um furacão espacial, registrado em 2014. Este evento foi documentado por imagens do Programa de Satélites Meteorológicos de Defesa dos EUA (DMSP), que capturou um padrão espiral grande e iluminado por luz auroral sobre o polo magnético norte. A formação ocorreu durante condições de atividade solar reduzida, revelando a habilidade desses furacões em se desenvolver mesmo em momentos de aparente calmaria solar.
Tecnologia e objetivos
Duas missões satelitais capturaram dados críticos durante a passagem pelo furacão espacial de 2014. O DMSP F17 atravessou o centro, enquanto o Swarm B, da Agência Espacial Europeia, contornou a periferia da tempestade. Os resultados mostraram fluxos de plasma rápidos e correntes elétricas ascendentes, características que se assemelham muito à dinâmica de um furacão convencional, porém, em escala eletromagnética. “A tempestade de espaço foi formada sob condições muito calmas”, explicou Sheng Lu.
A atividade solar estava baixa.
(“Solar activity was low.”)— Sheng Lu, Pesquisador, Universidade de Shandong
Próximos passos
Com a ampliação da dependência em sinais de GPS e comunicações via satélite em regiões polares, o reconhecimento de perturbações como os furacões espaciais torna-se cada vez mais crucial. À medida que a tecnologia avança, as equipes de pesquisa planejam investigações adicionais para compreender melhor essas tempestades e seus efeitos em nosso planeta. É imperativo que os especialistas em climatologia espacial considerem que “Nem todas as tempestades vêm do sol”, como advertiu o Spaceweather.com em seu relatório sobre os fenômenos.
Essas perturbações são comparáveis em magnitude às observadas durante tempestades geomagnéticas.
(“These disturbances are comparable in magnitude to those observed during geomagnetic storms.”)— Autores do estudo, Space Weather
A crescente normalização de eventos como os furacões espaciais representa um avanço significativo na compreensão das interações entre o sol e a Terra, abrindo novas avenidas para a pesquisa em climatologia espacial e tecnologias de navegação.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)