Robôs para missões de recuperação em alto mar na ficção e realidade

São Paulo — InkDesign News — Robôs manipuladores e automação de alta precisão desempenham papel central em operações complexas de levantamento submarino, conforme detalhado na missão histórica da Hughes Glomar Explorer em 1974.
Tecnologia aplicada
A expedição da Hughes Glomar Explorer utilizou um manipulador robótico gigante com 6 milhões de libras de força para recuperar um submarino russo a cerca de 3 milhas de profundidade. O sistema incorporava controle computadorizado avançado para a época, com a embarcação mantendo a posição enquanto o braço robótico operava em condições adversas, lidando com vento, ondas e correntes marítimas.
O controle do braço manipulador era realizado por computadores Honeywell equipados com microprocessadores de 16 bits, clock de 5 MHz e 32K de memória central core, contrastando com o poder computacional atual, como o iPhone moderno, que utiliza processadores de 64 bits, clocks superiores a 3 GHz, 6 GB de RAM e GPU integrada.
Desenvolvimento e testes
A operação exigiu um rigoroso desenvolvimento de algoritmos para navegação e posicionamento da embarcação, garantindo a precisão no alinhamento da estrutura robótica com o objeto alvo no fundo do mar. Testes em ambientes simulados e em mar aberto foram necessários para calibrar respostas a variáveis ambientais e para assegurar a integridade do sistema ao operar em profundidades extremas.
“O navio teve que manter a estação e mover o braço até o submarino na presença de vento, ondas e correntes.”
(“The ship had to stay on station and move the arm to the sub in the presence of wind, waves, and currents.”)— Robin Murphy, Professora da Texas A&M University
Impacto e aplicações
Essa tecnologia pioneira de manipulação robótica no fundo do mar abriu caminho para o desenvolvimento de sistemas automatizados para mineração oceânica, resgate e recuperação de objetos submersos, além de influenciar o avanço em robótica submarina que persiste até os dias atuais. Aplicações futuras incluem a melhora da autonomia dos robôs, maior precisão no controle e a integração de sensores avançados para ambientes hostis.
“A ciência da robótica no livro é muito real, os alienígenas, nem tanto.”
(“The robotics science in the book is very real, the aliens, not so much.”)— Robin Murphy, Professora da Texas A&M University
Próximos passos envolvem a incorporação de inteligência artificial para processamento em tempo real, aumentando a autonomia em missões profundas e a capacidade de operar em ambientes imprevisíveis, consolidando a robótica como ferramenta essencial em indústrias marítimas e de exploração.
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Fonte: (Robohub – Robótica & Automação)