NASA descobre que exoplanetas podem ser maiores do que pensamos

São Paulo — InkDesign News — Uma pesquisa realizada por astrônomos da Universidade da Califórnia, Irvine, revelou que vários exoplanetas descobertos pela NASA podem ser significativamente maiores do que as medições atuais indicam. Essa descoberta reflete a questão da habitabilidade de planetas fora do nosso sistema solar.
Contexto da descoberta
A pesquisa em questão analisou os dados coletados pelo Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), que identificou centenas de novos exoplanetas. Embora TESS tenha contribuído para o avanço da astronomia, sua resolução angular limitada resulta em contaminação da luz, fazendo com que a luz de estrelas vizinhas interfira nas medições.
“Cerca de centenas de exoplanetas são maiores do que aparentam, e isso muda nossa compreensão dos exoplanetas em uma escala ampla”
(“We found that hundreds of exoplanets are larger than they appear, and that shifts our understanding of exoplanets on a large scale.”)
— Te Han, Estudante de Doutorado, Universidade da Califórnia, Irvine
Métodos e resultados
Os pesquisadores observaram a contaminação da luz proveniente de estrelas adjacentes que poderia reduzir o tamanho aparente dos exoplanetas durante os eventos de trânsito. A análise incluiu a comparação dos dados do TESS com informações coletadas pelo satélite Gaia da ESA, permitindo calcular a magnitude da contaminação nas observações.
Com base nas informações obtidas, os pesquisadores ajustaram as medidas de raio dos planetas, utilizando um modelo computacional que fornece correções mais precisas para a interferência da luz. Isto sugere que muitos exoplanetas identificados são, na verdade, significativamente maiores do que o previamente estimado.
Implicações e próximos passos
As implicações dessa pesquisa são consideráveis. A descoberta sugere que planetas que antes eram considerados semelhantes à Terra podem, na verdade, ser mundos aquáticos ou gigantes gasosos, como Urano e Netuno. Isso levanta questões sobre a prevalência de planetas rochosos potencialmente habitáveis.
“Isso tem importantes implicações para nossa compreensão dos exoplanetas, incluindo, entre outras coisas, a priorização para observações seguintes com o Telescópio Espacial James Webb.”
(“This has important implications for our understanding of exoplanets, including among other things prioritization for follow-up observations with the NASA/ESA/CSA James Webb Space Telescope.”)
— Professor Paul Robertson, Universidade da Califórnia, Irvine
Com apenas três sistemas planetários descobertos pelo TESS considerados semelhantes à Terra, e agora todos potencialmente maiores, a pesquisa indica um novo caminho na busca por vida em outros mundos. Essa nova perspectiva poderá redirecionar esforços em investigações futuras sobre as características e a composição de exoplanetas.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)