
São Paulo — InkDesign News — O Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) emitiu uma declaração de interesse em tribunal federal, apoiando a organização Children’s Health Defense, que se opõe à vacinação. A entidade está processando veículos de comunicação por não publicarem teorias da conspiração em torno da pandemia de covid-19.
Contexto e lançamento
A ação judicial foi protocolada em um tribunal do Distrito dos Estados Unidos no caso Children’s Health Defense et al. v. Washington Post et al., que envolve grandes nomes da mídia, como BBC, Reuters, Associated Press e Washington Post. A Children’s Health Defense, co-fundada por Robert F. Kennedy Jr., alega que estes meios de comunicação colaboraram com empresas de tecnologia para limitar a liberdade de expressão de ativistas anti-vacinas. A organização foi criada para questionar a segurança das vacinas, e muitos dos seus membros enfrentam críticas por promover informações consideradas enganosas.
Design e especificações
A declaração do DOJ relata que organizações como a Children’s Health Defense disseminaram “pontos de vista não convencionais” sobre a covid-19, que resultaram em censura em plataformas como YouTube e Facebook. O DOJ argumenta que a ação judicial contra os veículos de comunicação se fundamenta em questões de concorrência justa, com o encarregado da divisão antitruste, Abigail Slater, afirmando que “Quando empresas abusam de seu poder de mercado para silenciar vozes independentes, comprometem a competição e a livre circulação de informação.”
“Esse Antitrust Division sempre defenderá o princípio de que as leis antitruste protegem os mercados livres, incluindo o mercado de ideias.”
(“This Antitrust Division will always defend the principle that the antitrust laws protect free markets, including the marketplace of ideas.”)— Abigail Slater, Assistente do Procurador Geral, DOJ
Repercussão e aplicações
Esse processo reflete um cenário de tensão crescente entre movimentos anti-vacina e as mídias tradicionais. Além disso, outro processo da Children’s Health Defense contra plataformas online, como Meta, foi rejeitado pelo Supremo Tribunal, que destacou a fragilidade da argumentação baseada na Primeira Emenda. Comentadores observam que a retórica de “faça sua própria pesquisa”, frequentemente utilizada por ativistas anti-vacinas, ignora as evidências científicas já consolidadas.
“Não confiem nos especialistas”
(“shouldn’t trust the experts”)— Robert F. Kennedy Jr., Fundador, Children’s Health Defense
Essa situação evidencia o impacto cultural que a pandemia teve sobre a disseminação de informações e a crítica à confiabilidade de fontes estabelecidas. À medida que a tecnologia continua a evoluir, o debate sobre a desinformação e a liberdade de expressão provavelmente se intensificará.
Diante desse panorama, as futuras discussões e desenvolvimentos no campo da comunicação e da saúde pública se tornam essenciais. A atuação do DOJ poderá aumentar o escrutínio sobre as relações entre mídia e plataformas digitais, refletindo uma necessidade de equilibrar liberdade de expressão e responsabilidade social.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)