
São Paulo — InkDesign News — A possibilidade daasteroide 2024 YR4, com um diâmetro de aproximadamente 61 metros, colidir com a Lua em 2032 agora representa uma nova preocupação para cientistas, acentuando riscos para satélites em órbita da Terra, mesmo sem ameaça direta ao nosso planeta.
Detalhes da missão
O asteroide 2024 YR4, que antes tinha uma chance de 1 em 43 de impactar a Terra, agora apresenta uma possibilidade de 1 em 25 de atingir a Lua. Caso a colisão ocorra, será a maior no satélite natural em cerca de 5.000 anos e liberará energia equivalente a 6 milhões de toneladas de TNT.
Segundo o astrônomo Paul Wiegert, da Universidade de Western Ontario:
“Um impacto do YR4 na Lua não representaria risco para nada na superfície da Terra: nossa atmosfera nos protegerá.”
(“A 2024 YR4 impact on the moon would pose no risk to anything on the surface of the Earth: our atmosphere will shield us.”)— Paul Wiegert, Astrônomo, Universidade de Western Ontario
Tecnologia e objetivos
Embora a energia liberada gere uma cratera com diâmetro de aproximadamente 1 quilômetro, a pesquisa indica que entre 0,02% e 0,2% do material poderia ser ejetado a velocidades altas o suficiente para escapar da gravidade lunar. Isso resultaria na liberação de 10 a 100 milhões de quilos de rochas lunares no espaço.
O impacto poderá gerar uma quantidade de meteoroides 10 a 1.000 vezes maior do que o fundo normal por alguns dias, com a velocidade dos fragmentos de 10 km/s. Wiegert destacou:
“Debris traveling from the moon could damage satellites or other space-based technology.”
(“O debri que viajam da Lua poderiam danificar satélites ou outras tecnologias baseadas no espaço.”)— Paul Wiegert, Astrônomo, Universidade de Western Ontario
Próximos passos
Para determinar com exatidão a trajetória do asteroide, novas medições telescópicas serão importantes até seu retorno à visibilidade em 2028. Os dados coletados serão cruciais para entender se a colisão ocorrerá e qual a sua localização exata na superfície lunar.
O impacto potencial dos fragmentos sobressairá no ambiente espacial terrestre, podendo ocorrer por anos após a colisão, alterando comunicações, navegação e monitoramento meteorológico. A expectativa de uma possível chuva de meteoros, embora emocionante, não deve causar grande perigo à superfície terrestre.
Ao final, o avanço na pesquisa sobre asteroides e suas interações com corpos celestes como a Lua contribuirá significativamente para o conhecimento humano e a exploração do espaço, refletindo uma nova era de monitoramento e entendimento das ameaças provenientes do cosmos.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)