
São Paulo — InkDesign News — Astrônomos detectaram uma explosão misteriosa e poderosa de raios-X, originada de uma estrela massiva que sobreviveu a um evento de supernova. Esta descoberta poderá transformar nosso entendimento sobre a morte de estrelas muito mais massivas que o Sol.
Detalhes da missão
Em janeiro de 2024, foi lançado o Einstein Probe, com a missão de estudar transientes de raios-X. Em janeiro de 2025, a sonda detectou o que se considera o FXT (fast X-ray transient) mais próximo já observado, conhecido como EP 250108a, que se originou de uma galáxia a 2,8 bilhões de anos-luz da Terra. A sequência de imagens mostra a evolução da supernova SN 2025kg, que foi associada a esse evento.
Tecnologia e objetivos
Com ferramentas como os telescópios Gemini Norte e Sul, a equipe de astrônomos conseguiu investigar a evolução da explosão EP 250108a. A ausência de raios gama indica que a explosão não conseguiu romper as camadas externas da estrela progenitora, resultando na emissões de raios-X observadas. “A X-ray data alone cannot tell us what phenomena created the FXT,” disse Jillian Rastinejad, membro da equipe.
“Os dados de raios-X sozinhos não podem nos dizer que fenômenos criaram o FXT”
(“The X-ray data alone cannot tell us what phenomena created the FXT.”)— Jillian Rastinejad, Pesquisadora, Northwestern University
Próximos passos
A equipe está comprometida em realizar investigações mais profundas sobre o FXT descoberto. Observações ópticas revelaram que o progenitor da supernova era uma supernova do tipo Ic, caracterizada por ter perdido suas camadas externas de hidrogênio e hélio. “Nossa análise mostra definitivamente que FXTs podem se originar da morte explosiva de uma estrela massiva,” comentou Jillian Rastinejad. “Isso apoia a relação causal entre supernovas de GRB e supernovas de FXT, nas quais GRBs são produzidos por jatos bem-sucedidos e FXTs por jatos fracos ou aprisionados.”
“Essa análise mostra definitivamente que FXTs podem se originar da morte explosiva de uma estrela massiva”
(“Our analysis shows definitively that FXTs can originate from the explosive death of a massive star.”)— Jillian Rastinejad, Pesquisadora, Northwestern University
Com o Einstein Probe detectando vários FXTs a cada mês, em contraste com a detecção de GRBs, que ocorre apenas uma vez por ano, a equipe espera elucidar os mistérios da evolução estelar. Essa pesquisa promete avanços significativos na exploração espacial e no entendimento humano sobre os mecanismos cósmicos das explosões estelares.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)