
São Paulo — InkDesign News — A United States Customs and Border Protection (CBP) busca tecnológicas inovadoras para aprimorar suas práticas de investigação digital, destacando uma demanda crescente por ferramentas que facilitem a detecção de dados ocultos em dispositivos eletrônicos apreendidos.
Contexto e lançamento
Com um histórico que remonta a 2015, quando apenas 8.500 dispositivos foram inspecionados, a CBP experimentou um aumento exponencial no número de apreensões, saltando para 41.500 em 2023. Em uma tentativa de modernização, a agência emitiu um chamado para que empresas de tecnologia ofereçam propostas de um novo sistema de forense digital. A intenção é não apenas processar dados, mas também descobrir “padrões ocultos” nas comunicações armazenadas em smartphones e computadores.
Design e especificações
A proposta destaca a necessidade de uma ferramenta capaz de escanear mensagens de texto, imagens, vídeos e contatos, além de identificar linguagens codificadas que possam não ser imediatas. Segundo a CBP, o objetivo é realizar uma “geração de inteligência” a partir de dados analisados rapidamente. Atualmente, a agência utiliza tecnologias da Cellebrite, uma empresa de inteligência israelense, mas o convite está aberto para novas inovações que possam oferecer soluções mais eficazes.
Repercussão e aplicações
A busca por um novo sistema é vista como um reflexo da crescente vigilância nas fronteiras dos EUA.
(“The search for a new system is seen as a reflection of increasing surveillance at U.S. borders.”)— Gizmodo
O debate em torno da privacidade e da segurança nos locais de passagem está em alta, especialmente considerando que agentes da CBP podem solicitar que os viajantes entreguem e desbloqueiem seus dispositivos. Muitos optam por utilizar celulares descartáveis, ou “burner phones”, para evitar a supervisionamento excessivo. Esta prática ilustra como as preocupações sobre privacidade estão moldando as decisões dos viajantes que cruzam as fronteiras dos Estados Unidos.
A CBP planeja selecionar um fornecedor e assinar um contrato para desenvolver o novo sistema no terceiro trimestre de 2026. O lançamento potencial está previsto para 2027, levando a uma discussão mais amplificada sobre os limites da vigilância digital nas fronteiras.
Fonte: (Gizmodo – Cultura Tech & Geek)