Novo estudo identifica espécie de tetrapode herbívoro do Permiano

São Paulo — InkDesign News — Paleontólogos anunciaram a descoberta de um novo gênero e espécie de pareiasauro de tamanho médio, chamado Yinshanosaurus angustus, a partir de dois fósseis encontrados na China em 2018.
Contexto da descoberta
A nova espécie viveu durante o final do período Permiano, entre 259 e 254 milhões de anos atrás. Os pareiasauros pertencem ao grupo Pareiasauria, uma classe de tetrápodes herbívoros que habitou o supercontinente Pangeia. “Pareiasauria são um grupo herbívoro bizarro de tetrápodes que existiram no Guadalupiano e Lopingiano e foram vítimas de eventos de extinção em massa”, afirmam os pesquisadores.
A faixa geográfica de distribuição dos pareiasauros é ampla, com fósseis encontrados em locais da África, Europa, Ásia e América do Sul. Essa nova identificação representa um avanço significativo na compreensão da evolução desses animais na Paleontologia.
Métodos e resultados
Os paleontólogos desenterraram duas amostras: um crânio quase completo e um esqueleto pós-craniano articulado. O primeiro fósseis foi escavado do siltito roxo escuro na formação Sunjiagou, enquanto o segundo veio de uma argila silteosa no membro I da formação Naobaogou. “O crânio do Yinshanosaurus angustus tem o comprimento mais estreito de todos os pareiasauros”, explicam os cientistas. O comprimento do crânio é mais que o dobro da largura nas bordas laterais das bochechas.
Implicações e próximos passos
Essa descoberta traz informações inéditas sobre a anatomia craniana e o esqueleto postcraniano dos pareiasauros chineses. “O esqueleto do Yinshanosaurus angustus fornece detificações cranianas e postcranianas completas pela primeira vez”, ressaltam os autores. O estudo, publicado na revista Papers in Palaeontology, destaca que, desde a década de 1960, oito espécies de pareiasauros chineses foram descritas.
A pesquisa abre novas linhas de investigação sobre a biodiversidade dos pereiasauros e suas adaptações ao meio ambiente do final do Permiano. O impacto prático dessa descoberta pode refletir na compreensão das relações ecológicas e evolutivas desses animais em um contexto de mudanças climáticas extremas.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)