
São Paulo — InkDesign News — Estudos recentes sobre amostras de material lunar coletadas pelas missões Apollo estão revelando novas informações sobre erupções vulcânicas explosivas que ocorreram há 3,5 bilhões de anos. Essa descoberta, marcada pelo uso de tecnologias modernas, destaca a importância contínua dessas amostras após mais de cinco décadas.
Detalhes da missão
As amostras de vidro foram recuperadas na missão Apollo 17, a última a pousar na Lua, no vale Taurus-Littrow, em 1972. Este foi o único voo tripulado que contou com a presença de um geólogo, Harrison Schmitt. A carga foi composta por diversos materiais lunares, incluindo grãos de vidro abaixo de um milímetro, que estavam misturados ao regolito lunar. As análises foram realizadas recently, utilizando tecnologias avançadas que permitem um entendimento mais profundo sobre as condições em que esses materiais se formaram.
Tecnologia e objetivos
A equipe de pesquisa, liderada por Ryan Ogliore, da Universidade de Washington, utilizou um microprobes de íons NanoSIMS 50 para realizar espectrometria em escala atômica. Este equipamento possibilitou a identificação de elementos e isótopos, além de examinar a estrutura em nanoescala. “Muitos desses instrumentos teriam sido inimagináveis quando os grãos foram coletados”, afirmou Ogliore. O estudo focou nas camadas nanoestruturais que cobrem os grãos, permitindo um olhar sobre as nuvens vulcânicas que os originaram e fornecendo insights sobre a química, pressão e temperatura dos ambientes vulcânicos lunares.
Próximos passos
Os pesquisadores planejam continuar suas investigações sobre as características químicas das amostras de vidro, a fim de entender melhor a evolução das condições vulcânicas na Lua. As colaborações entre instituições acadêmicas e agências espaciais estão previstas para expandir o conhecimento sobre a história geológica da Lua. “É como ler o diário de um antigo vulcanologista lunar”, concluiu Ogliore.
A análise do material lunar é um passo significativo para compreender a atividade vulcânica do passado lunar e suas implicações para a formação da superfície que conhecemos hoje. Com cada nova tecnologia aplicada, as informações obtidas a partir das amostras da Apollo 17 continuam a enriquecer nosso entendimento sobre a Lua e o nosso próprio planeta.
Fonte: (Space.com – Space & Exploração)