
Fernie, Canadá — InkDesign News — Uma nova descoberta paleontológica na Formação Fernie, em British Columbia, revela a existência de um novo gênero e espécie de um réptil marinho extinto, chamado Fernatator prenticei, realizada por uma equipe internacional de paleontólogos.
Contexto da descoberta
A descoberta do Fernatator prenticei representa um avanço significativo, já que os parâmetros de coleta de fósseis de ichtiossauros do início do Jurássico em América do Norte são escassos. A equipe destacou que “icthiossauros — répteis marinhos que se assemelham superficialmente a golfinhos — foram importantes predadores marinhos do início do Triássico até o início do Cretáceo” (
“os icthiossauros foram grandes predadores dominantes nos oceanos Triássico e Jurássico inicial.”
(“They were the dominant large predators in the Triassic and Early Jurassic oceans.”)— Professor Judy Massare, SUNY College at Brockport
).
Métodos e resultados
O esqueleto foi descoberto em 1916 por T. Prentice, enquanto pescava no rio Elk. A pesquisa revela que este espécime é o mais completo de um icthiossauro do Jurássico inicial já conhecido na América do Norte, se aproximando de 3,5 a 4 metros de comprimento em vida. Apesar da preservação considerada pobre, os pesquisadores identificaram várias características distintivas, incluindo um processo anterior estreito do maxilar e um coracoide com borda lateral acentuadamente curva.
Fossilizações anteriores de icthiossauros foram principalmente documentadas no Reino Unido e na Alemanha, tornando a análise deste novo espécime da Formação Fernie especialmente relevante. O Fernatator prenticei também é notável por sua combinação única de características morfológicas que justifica a designação de um novo gênero e espécie.
Implicações e próximos passos
A descoberta do Fernatator prenticei contribui significativamente para o registro já limitado de icthiossauros do Jurássico inicial na América do Norte e é apenas o segundo táxon reconhecido dessa época no Canadá. Os pesquisadores sugerem que futuras investigações poderão lançar mais luz sobre a diversidade de icthiossauros que habitaram esta região durante o Jurássico.
O estudo completo foi publicado na edição de junho de 2025 do periódico Paludicola, marcando um passo importante na compreensão da evolução dos répteis marinhos antigos.
O impacto dessa pesquisa poderá instigar novas linhas de investigação e ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade marinha da era dos dinossauros, além de abrir portas para futuras pesquisas sobre a evolução dos ecossistemas marinhos da época.
Fonte: (sci.news– Ciência & Descobertas)